segunda-feira, 28 de abril de 2014

28/04/2014 - 17:00

28/04/2014 - 17:00 Valec descarta entregar ferrovias às Tradings e mantém modelo de concessão aberta De Brasília - Vinícius Tavares Foto: Reprodução Modelo de concessão não será mudado O governo federal rejeitou proposta de quatro grandes tradings do agronegócio (Bunge, Cargill, Louis Dreyfus e Maggi) de promover mudanças nos traçados das ferrovias que cruzam Mato Grosso e alterar o modelo de concessão para permitir a realização de investimentos para construção das linhas mediante a cobrança de pedágios para o transporte de cargas. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (28.4) pelo diretor de operações da Valeu, Bento Lima, segundo o qual o governo federal decidiu descartar a proposta para evitar extrema concentração no setor por parte de empresas que já controlam o financiamento do agronegócio, principalmente no centro-oeste do país. “Apesar de as tradings terem capacidade de investimento, a logística ficaria concentrados em determinados grupos e passaria a haver novamente um processo de monopólio. Se elas constroem e operam as ferrovias, os produtores ficam ainda mais reféns delas”, afirmou o presidente do Fórum PróFerrovia de Cuiabá, Francisco Vuolo, ap´pos reunião na Valec, em Brasília. Em março, as tradings sugeriram alterações no traçado da Fico (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste), que liga Lucas do Rio Verde (MT) a Campinorte (GO). As empresas defendiam um encurtamento, em 500 KM, do desenho original. Também defendiam dois complementos: as ligações Sapezal (MT) a Porto Velho (RO) e de Sinop (MT) a Miritituba (PA) em uma tentativa de destravar o programa de concessões ferroviárias, lançado em agosto de 2012, que previa 14 trechos e 11 mil KMs de novas linhas. Segundo Vuolo, a proposta contraria o modelo de concessão que o governo vem adotando, que é o Open Acess (acesso aberto), através do qual qualquer interessado possa usar os trilhos como pedágio “Se aceitassem o modelo, teria de voltar tudo á estaca zero. Demoraria mais três anos para fazer os projetos e estudos. Assim, o governo mantém as ferrovias como um instrumento de integração do estado. Este é o papel da ferrovia. Considero que foi uma vitória para Mato Grosso, que é fazer a ferrovia cumprir o seu papel de incluir economicamente o Estado possibilitando o transporte das carga de retorno”, justificou.

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