sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

AL: Criação de faisão gera renda para agricultura familiar em Palmeira

27/02/15 - 00:00 Ave exótica é bastante parecida com uma galinha, mas o tratamento no criatório é diferente Um grupo familiar residente no povoado Algodãozinho, em Palmeira dos Índios, tem se destacado em virtude da criação de faisão, uma ave exótica, de corpo robusto, com pernas e asas curtas. É bastante parecida com uma galinha, mas o tratamento no criatório é diferente. Tudo começou quando os criadores Antílio Limeira, Gutemberg Soares e Vera Lúcia resolveram fazer um pedido de cinco dúzias de ovos de faisão pela internet. Dos 60 ovos, apenas 7 vingaram, sendo 7 fêmeas. Daí começou todo o processo de criação: compraram um faisão macho para procriar e assim deram início ao criatório, há aproximadamente 1 ano e meio. A família tem recebido apoio da Secretaria Municipal de Agricultura de Palmeira dos índios e a criação está sendo acompanhada por veterinários disponibilizados pela Prefeitura. Segundo ressalta o titular da pasta, Paulo Henrique, os profissionais do município têm auxiliado a família nos cuidados necessários para o criatório, como também em relação ao espaço físico necessário para as aves. O secretário Paulo Henrique destaca que esse tipo de agricultura familiar é a que mais tem crescido em Palmeira dos Índios. “As famílias estão encontrando meios de se sustentar através de criações e produções diferentes. Isso é importante para o nosso município porque as pessoas encontram uma grande variedade de produtos e serviços na região. O faisão é inédito aqui, tanto que já temos contatos de grandes restaurantes e empresários querendo comercializá-lo, e isso é um ganho tanto para o produtor como para a economia do município”, salientou Paulo Henrique. Criação Após pesquisas, a família começou a se adequar aos cuidados, que, aliás, são muitos. Os ovos, por exemplo, não devem ser deixados em bandejas de papelão, pois pode contaminá-los; o armazenamento dos ovos é feito em bandejas de plástico e diariamente tem que ser virados para o conteúdo não acumular nas extremidades. De acordo com Vera Lúcia, são cuidados minuciosos, mas que devem ser adotados para garantir uma produção de qualidade. “Temos toda uma logística, mas sabemos que valerá a pena, visto que, estamos só começando, e este tipo de ave vem sendo bastante procurada na região”, frisa a criadora. A carne do faisão é nobre, de gosto peculiar e com propriedades vitamínicas maiores do que as encontradas em outras aves, a exemplo do frango. Por ser uma carne resistente e ainda pouco comum no mercado, a comercialização se torna cara, mas já é bastante procurada por restaurantes de Alagoas, sobretudo os de Maceió. Para o criador Gutemberg Soares, o objetivo é manter uma produção crescente no criatório de Palmeira dos Índios para suprir a necessidade do mercado e, além disso, se tornar matriz comercial para o fornecimento de carne para restaurantes e empresas de corte da região. Existem cerca de 30 espécies de faisão no mundo e, entre elas, a que está sendo cultivada em Palmeira dos Índios é o faisão coleira, o mais tradicional da espécie. Para montar o criatório, a família adequou no sítio uma estrutura de qualidade, contando com duas chocadeiras, onde os ovos passam cerca de 23 dias, depois vão para o berçário para mais 30 dias, logo após são colocados juntos com os faisões que estão fase de amadurecimento. O criatório conta com cerca de 120 aves, onde há 3 famílias reprodutoras, já que é um macho para cada seis fêmeas. As peculiaridades do faisão também se estendem à reprodução, que não é nada parecida com a de outras aves. As fêmeas põem 1 ovo por dia, durante um período de 9 meses, sendo que em certo período do ano a produção diminui para que ocorra vermifugação das aves. Cada faisão chega a pesar cerca de 1,5kg, valor considerado ideal para o abate. Tribuna Hoje

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