segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Bolsas de Chicago e Nova York não operam hoje devido feriado nos EUA 16/02/2015 08:15

Nesta segunda-feira (16), as bolsas de Chicago e Nova York não operam devido ao feriado do Dia do Presidente celebrado nos Estados Unidos. Os negócios serão retomados nesta terça-feira (17). Já no Brasil, hoje é segunda-feira de carnaval, amanhã é feriado e os negócios só devem ser retomados depois do meio-dia da Quarta-feira de cinzas (18). Essa semana foi de valorização aos preços do milho negociados no mercado interno brasileiro. Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Bittencourt Lopes, nas principais praças as cotações do cereal subiram entre R$ 0,82 e R$ 1,50. Na região de Tangará da Serra (MT), foi registrada a maior valorização de 10% e a saca do milho passou de R$ 15,00 para R$ 16,50. Em Ubiratã e Londrina, ambas praças do Paraná, os preços aumentaram 5%, com a saca do cereal a R$ 21,00. Na localidade de Cascavel (PR), a valorização foi de 2,44% ao longo da semana e a saca do milho terminou a sexta-feira cotada a R$ 21,00. Em Jataí (GO), a saca subiu de R$ 20,43 para R$ 21,25, valorização de 4,01%. Nas demais praças, a semana foi de estabilidade. No Porto de Paranaguá, o preço de fechamento foi de R$ 30,00, para entrega em outubro/15. O consultor de mercado, Ênio Fernandes, explica que, os produtores têm sido profissionais no momento da comercialização e negociam apenas nos rallies. "Essa semana tivemos uma forte valorização do câmbio e, quando as cotações subiram ou nos portos ou no mercado internacional, os agricultores venderam o cereal. Nesse momento, temos o produtor ofertando paulatinamente, já os compradores ainda estão em posição confortável", destaca. Paralelamente, o consultor também sinaliza que, nos próximos 30 dias, as cotações não deverão registrar quedas expressivas, já que, os produtores começam a focar na comercialização da soja. "Temos uma quebra na safra de verão devido ao clima irregular em algumas regiões, então, acredito que para a primeira safra, os agricultores deverão ter melhores oportunidades de negociação", acredita Fernandes. Durante essa semana, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) indicou a primeira safra de milho em 30.12 milhões de toneladas nesta safra. Já a segunda safra, ficou projetada em 48.27 milhões de toneladas do grão. No total, a produção brasileira deverá ficar ao redor de 78.39 milhões de toneladas na temporada 2014/15. Entretanto, a estimativa está acima da última projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), de 75 milhões de toneladas do milho. Ainda assim, há muitas incertezas em relação à segunda safra devido ao clima que foi irregular, e continua em algumas localidades, no início do plantio da safra de verão. Com isso, a janela de cultivo do cereal está bastante estreita e os produtores já sinalizam uma redução na área semeada, assim como, uma diminuição nos investimentos em tecnologia. "Nesse momento, acreditamos que os produtores que estão fazendo contratos para a safrinha tomam uma decisão acertada, pois mais adiante teremos a chegada da segunda safra, que mesmo com uma redução, será uma grande produção", ressalta o consultor. BM&F Bovespa Os preços do milho na BM&F Bovespa terminaram a sessão desta sexta-feira (13) em campo misto. As primeiras posições registraram desvalorizações entre 0,70% e 0,80%. Já o contrato setembro/15 exibiu leve ganho de 0,14%, cotado a R$ 29,59 a saca. O contrato março/15 encerrou a sessão a R$ 28,55 a saca. O mercado tem acompanhado a movimentação do dólar nos últimos dias. Nesta sexta-feira, a moeda norte-americana encerrou a sessão a R$ 2,8313 na venda, com ganho de 0,37%. Durante o mês, o câmbio já acumula uma alta de 5%, conforme dados reportados pela agência Reuters. Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 2,8590. Bolsa de Chicago Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações do milho encerraram o dia em campo positivo nesta sexta-feira (13). As principais posições do cereal exibiram ganhos entre 4,6 a 4,2 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 3,87 por bushel, depois de ter encerrado o dia anterior a US$ 3,83 por bushel. Além disso, na próxima segunda-feira (16) é feriado nos EUA, em função do Dia do Presidente e os negócios serão retomados na terça-feira (17). De acordo com o analista de mercado da Jefferies, Stefan Tomkiw, o mercado encontrou sustentação na demanda, com investidores tendo maior apetite pelo milho norte-americano. "Isso, mesmo com a Ucrânia sendo a origem mais barata nesse momento. Porém, a demanda tem ajudado a enxugar um pouco do excesso de produto no mercado. O que deverá fazer com que os preços encontrem um piso. Contudo, a tendência é mais neutra aos preços, sem nenhum movimento expressivo para o lado positivo ou negativo", diz. Nesta quinta-feira, o USDA reportou as vendas para exportação em 1.003,100 milhão de toneladas de milho até o dia 5 de fevereiro. O volume representa uma alta de 19% em relação à semana anterior, mas uma redução de 17% frente à média das últimas quatro semanas. Outra informação que movimentou o mercado ao longo dessa semana foi o boletim de oferta e demanda do departamento norte-americano. O USDA indicou um aumento na produção global do cereal, para 991,29 milhões de toneladas. Os estoques mundiais ficaram em 189,64 milhões de toneladas de milho, números que pesaram sobre os preços nos últimos dias. Por outro lado, os investidores já voltam a atenção para o Anual Outlook Fórum, que trará as primeiras projeções para a safra norte-americana 2015/16. A perspectiva inicial é que haja uma redução de 2% na área destinada ao milho no país. Soja Na sessão desta sexta-feira (13), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em campo positivo pelo segundo dia consecutivo e os dois últimos vencimentos entre as posições mais negociadas terminaram a semana bem próximos dos US$ 10 por bushel. Os contratos julho e agosto/15 fecharam com US$ 9,99 por bushel. Os investidores buscaram garantir um bom posicionamento antes do feriado do Dia do Presidente nos EUA, que será comemorado na próxima segunda-feira (16) e quando a CBOT não funciona. Os negócios serão retomados na terça, dia 17. No mercado interno, os preços da soja nos portos explodiram nos últimos dias e os negócios também se aqueceram expressivamente no Brasil. Somente esta semana, o preço no porto de Paranaguá subiu 2,34%, passando de R$ 64,00 para R$ 65,50, e em Rio Grande a alta foi de 3,12%, de R$ 64,20 para R$ 66,20. No interior do país, as principais praças de comercialização apresentaram ganhos de 0,88% e 3,70% na semana. Em Jataí/GO, por exemplo, o preço subiu de R$ 54,80 para R$ 56,10, com alta de 2,37%. Esse avanço foi motivado pelo dólar, que saiu da casa dos R$ 2,60 para superar os R$ 2,80 e, no terminal gaúcho, o preço da soja chegou a pegar R$ 67,00 na máxima da semana. E desde que a moeda norte-americana iniciou essa escalada de alta, a comercialização ganhou um dinâmica muito mais expressiva. Nesta sexta, a divisa fechou o dia com alta de 0,37% a R$ 2,8313 e, no mês, já acumula alta de 5%. A valorização do dólar supera os ganhos na CBOT, uma vez que cada 1 centavo de real no aumento da taxa cambial corresponde a um aumento equivalente a 4 centavos por bushel em Chicago. "Portanto, o aumento da taxa cambial de R$ 2,60 para R$ 2,87 resultou em um aumento de 27 centavos de reais por dólar, ou seja, correspondeu a um aumento equivalente de US$ 1,08 por bushel, base futuros da soja na CBOT", explica o consultor de mercado Liones Severo, do SIM Consult. "O mercado real sempre prevalece", completa. Alguns investidores temiam que a perspectiva de contração econômica e inflação acima do teto da meta neste ano, somada à crise na Petrobras e ao possível racionamento de energia e água, possa provocar a perda do grau de investimento brasileiro, o que diminuía o apetite por ativos domésticos, informou a agência de notícias Reuters. "Se não tivermos nenhuma marola, sobreviveremos a 2015. Mas se houver qualquer marolinha, o cenário se complica muito", disse o estrategista da corretora Coinvalores Paulo Celso Nepomuceno à agência. "Nas últimas duas semanas, o produtor evoluiu muito em termos comerciais. Ele tem visto o produtor se movimentar e a cada momento de repique de preços ele tem entrado e feito algua fixação. Em todas as praças os negócios foram retomados, depois de ficarem bem parados em janeiro", explica França Jr. Fonte: Notícias Agrícolas

Nenhum comentário:

Postar um comentário