segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Exportadores de frutas enfrentam desafio em novo padrão de consumo britânico

Mudanças no padrão de consumo de frutas por britânicos desafiam exportadores, afirma Peel Ports
Mudanças no consumo e na oferta de frutas obrigarão as empresas exportadoras de produtos frescos para o Reino Unido a questionar as atuais rotas para o mercado. Essa foi a mensagem do diretor de Supply Chain da Peel Ports, Gary Parkinson, em palestra ao público da Fruit Logistica, que termina nesta sexta-feira em Berlim. A Peel Ports é um dos maiores grupos de portos britânicos, operando sete dos mais importantes portos da Irlanda e do Reino Unido. Em sua palestra, Parkinson ressaltou que o aumento das importações de contêineres refrigerados e a distribuição mais direta aos varejistas são algumas das mudanças que estão ocorrendo no mercado do Reino Unido, e significam que os exportadores precisam reconsiderar como chegar aos principais clientes. Outro ponto urgente é como reduzir o risco de impacto sobre a qualidade de seus produtos. "As tendências que estamos vendo podem significar que os exportadores terão de analisar e redesenhar sua rede de abastecimento, especialmente quando se olha para distribuição interna, que também tem grande influência sobre a localização do ponto de entrada em um país”, comentou Parkinson. “A menos que entendam o que acontece com seus produtos quando saem do cais, as empresas podem sair prejudicadas pelas mudanças que estão ocorrendo agora.” Do montante de produtos frescos que chegaram ao Reino Unido no ano passado, 74% foi transportado em contêineres, em comparação a 52% há 10 anos. Também em 2014, o comércio via contêineres refrigerados atingiu 100 milhões de toneladas. Essas alterações no comércio são reflexo do aumento de 17% registrado no consumo de frutas e legumes frescos no Reino Unido ao longo dos últimos 15 anos, e também do crescimento das importações em 33% durante o mesmo período, enquanto a produção doméstica britânica caiu. Ao mesmo tempo, há mudanças na forma como os produtos chegam aos consumidores. O modelo tradicional de entrada via portos do sudeste no Reino Unido e o múltiplo manuseio antes de chegar a centros de distribuição regionais devem ser substituídos por uma rota mais direta para o mercado, com as importações indo direto do porto para o processador. Essa opção de rota mais direta será facilitada, em parte, pela abertura do Liverpool2, um novo terminal de contêineres de águas profundas, prevista o fim de 2015. O Liverpool2 permitirá que produtos frescos do hemisfério sul sejam importados diretamente para o norte da Inglaterra pela primeira vez em décadas. A região tem a maior concentração de empregos na indústria de processamento de alimentos e bebidas no Reino Unido, bem como uma grande densidade de centros de distribuição de supermercados. Além disso, há 27 câmaras frigoríficas a um raio de 50 km de Liverpool e 180 a um raio de 160 km. O novo terminal Liverpool2 oferecerá 600 pontos de refrigeração, com mais 300 disponíveis no porto atual. Data de Publicação: 09/02/2015 às 17:10hs Fonte: S2Publicom

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