quarta-feira, 30 de setembro de 2015

30/09/2015 - 15:36

Correios alegam que de 800 mil objetos, 750 mil tiveram entrega pendente durante paralização Da Redação - André Garcia Santana
Em resposta às informações fornecidas pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintec), que davam conta de que 1,2 milhão de encomendas não teriam sido entregues durante os 13 dias da greve da categoria, finalizada na segunda-feira, 28, os Correios informaram que as atividades não foram suspensas e que a empresa aplicou medidas para garantir o atendimento à população. Segundo a Empresa, no Estado, 750 mil objetos tiveram entrega pendente durante a paralização, de um total de 800 mil, entre correspondências e encomendas movimentadas diariamente. O vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Ives Gandra, concedeu no dia 22 de setembro liminar que determinou que as duas federações de representação dos trabalhadores dos Correios (Fentect e Findect) deveriam garantir efetivo mínimo de 65% em atividade normal em cada unidade da empresa. O TST também determinou que as federações não impedissem o livre trânsito de bens, pessoas e carga postal em todas as unidades. A pena por descumprimento foi estabelecida em multa diária de 65 mil. Com relação às reinvindicações relacionadas à segurança, é informado que há investimentos em medidas como contratação de vigilantes e aquisição de sistemas de alarme para agências, entre outros. A despesa da estatal com estes serviços foi estimada em R$ 202 milhões no ano passado. Além disso, a empresa firmou parceria com a Polícia Federal, de forma a aprimorar a troca de informações entre as instituições e agilizar a prisão de criminosos. Nos últimos anos, a PF também realizou diversas operações com o objetivo de prender quadrilhas responsáveis por assaltos a agências dos Correios, entre as quais as operações Sertão, Mensagem, Carta na Manga II, Cofre Fácil, Columba e Carta. No que diz respeito aos pedidos de novas contratações, a Agência explica que desde 2011 os Correios aumentaram seu efetivo de 107 mil para 120 mil empregados, sendo que em Mato Grosso foram 607 novos trabalhadores efetivos contratados, 50% a mais de carteiros, 43% de atendentes e 7% de operadores de triagem e transbordo (OTTs). Sobre a entrega de correspondências pela manhã, assim como a proposta anterior que já havia sido formulada pelo TST, a atual gestão mantém a antecipação da entrega matutina até o final de 2016, conforme os critérios estabelecidos no Acordo Coletivo de Trabalho 2014-2015. Em um levantamento realizado na segunda-feira 28, dado mostraram que, nacionalmente 90,42% do efetivo dos Correios não haviam aderido à paralisação — o que correspondeu a 107.866 empregados, número apurado por meio de sistema eletrônico de presença. Nos locais onde a paralisação foi deflagrada, o movimento esteve concentrado na área de distribuição — do total de 31.841 carteiros que deveriam ter comparecido ao trabalho na data. Nesses locais, 10.202 não compareceram (32,04%). A pesquisa aponta que 88,42% do efetivo esteve presente e trabalhando – o que correspondeu a 1.451 empregados. Da mesma forma, o número foi apurado por meio do sistema eletrônico de presença. Nesses locais, o movimento esteve concentrado também na área de distribuição – do total de 760 carteiros dos Correios em Mato Grosso, 162 não compareceram (21,32%).

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