sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Bolsa de NY fecha em alta pela terceira sessão consecutiva 30/10/2015 17:20

As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com leve alta nesta sexta-feira (30). Essa foi a terceira sessão seguida de valorização no terminal norte-americano com curtas oscilações. Os futuros na bolsa tiveram suporte de recompras técnicas e do câmbio. Ainda assim, no aspecto fundamental, a melhora climática no cinturão produtivo do Brasil continua no foco dos operadores. "Os grandes investidores de fora continuam assumindo posição conservadora ante os desdobramentos do clima no Brasil", explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães. Os lotes de café arábica com vencimento para dezembro/15 registraram hoje 120,95 cents/lb com alta de 65 pontos. O março/16 teve 124,25 cents/lb e o maio/16 anotou 126,30 cents/lb, ambos com valorização de 60 pontos. O contrato julho/16 encerrou o dia negociado a 128,30 cents/lb com avanço de 65 pontos. Durante todo este mês de outubro, as cotações do arábica no terminal externo foram influenciadas pelo clima nas regiões produtoras do Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo. A maioria das cidades produtoras têm recebido chuvas desde a segunda metade da semana passada. O vencimento dezembro/15 recuou em um mês 0,33%. Em 30 de setembro estava cotado a 121,35 cents/lb e fechou a sessão de hoje a 120,95 cents/lb. Segundo a Climatempo, uma nova frente fria trará chuvas sobre a região Sudeste do País neste final de semana. A tendência é de volumes significativos de precipitações até a primeira quinzena de novembro, mas a faixa norte do Espirito Santo não receberá chuvas suficientes para reverter a situação de estiagem. Também se deve reforçar que o atraso no retorno das chuvas nesta primavera já impactou o potencial produtivo do parque cafeeiro nacional para 2016. As informações partem do CNC (Conselho Nacional do Café). Em entrevista ao Notícias Agrícolas na terça-feira (27), o presidente do Sindicato Rural de Patrocínio (MG), Osmar Pereira Junior informou que as chuvas recentes amenizaram as preocupações dos cafeicultores, mas algumas perdas na produção já estão consolidadas. Ainda não é possível quantificar os prejuízos, entretanto, a ausência de precipitações e as altas temperaturas comprometeram a produção. Esse pode ser o terceiro ano consecutivo de quebra na safra na região. Após três altas seguidas, mesmo que com curtas oscilações, analistas internacionais acreditam que o mercado já deixou de lado as chuvas, fator que derrubou forte o mercado na semana passada, e que a bolsa não tem motivos para cair mais. Enquanto isso, especialistas brasileiros não acreditam em reversão de tendência uma vez que a valorização tem sido mais baseada em aspectos técnicos. Nesta sexta-feira, o dólar encerrou a sessão com alta de 0,23%, cotado a R$ 3,8628 na venda. No entanto, em vários momentos, caiu ante o real e acabava dando suporte aos preços no mercado externo. A moeda estrangeira menos valorizada ante o real inibe as exportações da commodity. Segundo informações de agências internacionais, os participantes do mercado têm rolado posições, em meio a baixa volatilidade, antes da notificação para entrega do contrato dezembro/15, que começa em 19 de novembro. Nesta sexta-feira, o dezembro/15 tinha em aberto 88.423 lotes e o março/16 possuía 52.506 contratos de um total de 199.605 lotes. Mercado interno Nas praças de comercialização do Brasil, as negociações têm sido escassas. Aparecem no mercado apenas os produtores que precisam fazer caixa. O final de semana prolongado também acaba afastando os interessados. A média de preço do tipo 6, um dos mais negociados no mercado, ficou em R$ R$ 467,14 a saca de 60 kg nesta sexta-feira nas praças de comercialização verificadas pelo Notícias Agrícolas. No balanço semanal, quase todas as localidades tiveram queda de preço nesta semana. Hoje, o tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 541,00 a saca - estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) onde a saca caiu 2,62%, para R$ 521,00. Da sexta-feira passada para esta, a cidade que registrou maior variação para o tipo foi Poços de Caldas (MG) com alta de R$ 20,00 (+3,99%), saindo de R$ 501,00 para R$ 521,00 a saca. Hoje, o tipo 4/5 registrou maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 541,00 a saca - estável. A maior variação dentre as praças de comercialização ocorreu em Poços de Caldas (MG) onde a saca está cotada a R$ 478,00 com baixa de 1,65%. Para o tipo, conforme o gráfico, a maior oscilação na semana foi registrada em Varginha (MG), que tinha na semana passada saca cotada a R$ 490,00, mas subiu R$ 5,00 (+1,02%) e agora vale R$ 495,00. Nesta sexta, o tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Araguari (MG) com R$ 500,00 a saca - estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Franca (SP) com alta de 2,08% e R$ 490,00 a saca. A variação mais expressiva de preço na semana para o tipo 6 também foi registrada em Varginha (MG), por lá a saca estava cotada a R$ 465,00 na sexta passada, mas teve valorização de R$ 25,00 (+5,38%), e agora está em R$ R$ 490,00. Na quinta-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta de 0,03% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 468,79. Bolsa de Londres As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, voltaram a fechar com alta expressiva nesta sexta-feira. Os operadores repercutem no mercado a apreensão em relação a próxima safra da variedade no Espírito Santo, que está sendo ameaçada pelas indicações de escassez hídrica. O vencimento novembro/15 encerrou a sessão cotado a US$ 1616,00 por tonelada com avanço de US$ 50, o janeiro/16 teve US$ 1638,00 por tonelada com US$ 34 de alta, enquanto o contrato março/16 registrou US$ 1646,00 por tonelada com valorização de US$ 30. Fonte: Notícias Agrícolas

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