sexta-feira, 25 de maio de 2018

Bactérias marinhas podem controlar praga que afeta tomate

ESTUDO

Bactérias marinhas podem controlar praga que afeta tomate


Descoberta auxilia no controle do patógeno que causa a murcha vascular
Por:  -Leonardo Gottems 
Publicado em 25/05/2018 às 08:42h.
De 152 bactérias encontradas em recifes de corais localizados nas ilhas de Providencia e Santa Catalina, no Caribe, 13 delas tem potencial para combater a murcha vascular no cultivo do tomate. Foi isso que descobriu a bacteriologista Diana Marcela Vinchira, doutoranda em Biotecnologia da Universidade Nacional da Colômbia (UN), que investigou a interação entre o tomateiro, o patógeno que causa a murcha vascular e bactérias marítimas. 
De acordo com a pesquisadora, foram coletadas amostras de diferentes organismos como esponjas, microalgas, corais, sedimentos, manguezais e areia de coral. Após esses espécimes foram transferidas para o laboratório, onde essas bactérias foram cultivadas com nutrientes que favoreciam seu crescimento. "Quando as bactérias cresceram, nós recuperamos, isto é, removemos uma colônia e a purificamos. Então, fizemos uma bancada de trabalho para mantê-la no tempo mais próximo possível de suas condições originais. Nós congelamos a menos de 80 graus e lá ficou para ser estudado ", explica. 
Assim os microorganismos foram introduzidos em um ambiente controlado para que fosse analisados quais deles tinham maior poder destrutivo frente o fungo Fusarium oxysporum f. sp. Lycopersici que causa a murcha vascular. Os testes foram realizados em tomateiros da variedade Margoble, cultivados em uma estrutura cheia com vermiculite, que é uma substância mineral que foi esterilizada a fim de eliminar quaisquer outros microorganismos não desejados. "Todos os dias pegamos cinco plantas e cortamos a raiz, macerábamos, fizemos diluições e as plantamos nos mesmos meios de cultura originais. Nessa amostra contamos o quanto a bactéria cresceu ", declara. 
Após a afetividade das bactérias serem comprovadas, o próximo passo, segundo a pesquisadora, é transformar esses microorganismos através de um processo de formulação para que eles possam virar produtos para a tecnologia ser aplicada no controle da doença, auxiliando os produtores rurais a aumentar a produtividade e segurança do tomateiro.  

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