Publicado em 28/02/2020 13:42 e atualizado em 28/02/2020 20:51
Os contratos futuros do café encerraram a semana com leves perdas no mercado internacional, sendo pressionados pela força do dólar e pela manutenção da expectativa de boa oferta. Na Bolsa de Nova York, o vencimento maio/20 recuou 50 pontos, cotado a US$ 1,0975 por libra-peso. Na ICE Europe, o contrato maio/20 do robusta fechou a US$ 1.289 por tonelada, com queda de US$ 7.
Com esse desempenho, mesmo acumulando ganhos de 4,6% em fevereiro, o vencimento maio do café arábica registra depreciação de 16,8% no primeiro bimestre. Já o café robusta, também com vencimento em maio, acumulou perdas de 3,9% neste mês e de 6,7% no acumulado de janeiro e fevereiro de 2020.
O dólar comercial voltou a se fortalecer frente ao real devido aos temores relacionados ao comentário da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a possibilidade de uma pandemia do novo coronavírus. No Brasil, a morosidade para a aprovação das reformas tributária e administrativa também não ajudam. A moeda norte-americana encerrou o pregão de ontem a R$ 4,4751, avançando 1,9% na semana.
O clima no Brasil está no radar dos agentes, à medida que se aproxima o período de colheita no país. Segundo a Somar Meteorologia, a semana terminará com o avanço de uma massa de ar seco e o retorno do tempo firme em grande parte do Estado de São Paulo. Há possibilidade de chuva mais isolada, sem grandes volumes, no norte paulista, na divisa com Minas Gerais e Vale do Paraíba. Por outro lado, ocorrerão precipitações expressivas na faixa entre Minas, norte do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
No mercado físico, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as oscilações ocorridas ao longo da semana afastaram os agentes do mercado, mantendo a liquidez baixa. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon ficaram em R$ 511,41/saca e R$ 312,29/saca, respectivamente, com valorizações de 2,1% e 0,6%.
Fonte: CNC
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