Publicado em 28/02/2020 13:20 e atualizado em 28/02/2020 21:09
Os mercados mundiais estão "crescentemente precificando" uma pandemia do coronavírus no planeta e uma recessão mundial, avalia nesta sexta-feira, 28, o banco dinamarquês Danske Bank. "Há pouca dúvida de que a percepção dos agentes e os preço do mercado estão colocando uma probabilidade de rápido crescimento do surto de coronavírus para uma pandemia e uma subsequente recessão global", destaca relatório.
"Os mercados aguardam agora as respostas de políticas econômica dos governos", afirma o Danske.
Nos Estados Unidos, por exemplo, eles acreditam que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode ter de agir rapidamente e lembram que a próxima reunião de política monetária será nos dias 17 e 18 de março.
Na Ásia, China e Cingapura já anunciaram medidas fiscais e monetárias, mas a zona do euro parece mais relutante. A expectativa é que a Alemanha adote estímulos fiscais, mas a presidente do Banco Central europeu (BCE), Christine Lagarde, minimizou ontem as chances de resposta imediata e disse que a instituição "não deve agir agora".
Se os casos do coronavírus parecem crescer menos dentro da China, o Danske destaca que em outras regiões os números mostram o contrário, com rápida disseminação na Europa e em países como Coreia do Sul.
Nesse ambiente, as bolsas mundiais estão em forte queda desde segunda-feira e o mercado futuro em Chicago já precifica três cortes de juros pelo Fed este ano.
"Os mercados aguardam agora as respostas de políticas econômica dos governos", afirma o Danske.
Nos Estados Unidos, por exemplo, eles acreditam que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode ter de agir rapidamente e lembram que a próxima reunião de política monetária será nos dias 17 e 18 de março.
Na Ásia, China e Cingapura já anunciaram medidas fiscais e monetárias, mas a zona do euro parece mais relutante. A expectativa é que a Alemanha adote estímulos fiscais, mas a presidente do Banco Central europeu (BCE), Christine Lagarde, minimizou ontem as chances de resposta imediata e disse que a instituição "não deve agir agora".
Se os casos do coronavírus parecem crescer menos dentro da China, o Danske destaca que em outras regiões os números mostram o contrário, com rápida disseminação na Europa e em países como Coreia do Sul.
Nesse ambiente, as bolsas mundiais estão em forte queda desde segunda-feira e o mercado futuro em Chicago já precifica três cortes de juros pelo Fed este ano.
Nesse momento o maior impacto é a volatilidade do mercado, diz Antônio da Luz
Não é a chegada do Coronavírus no Brasil que derrubou a bolsa brasileira e elevou a taxa de câmbio, pois 10 em cada 10 especialistas sabiam que a dúvida não era se, mas quando teríamos o primeiro caso por aqui.
Da mesma forma sabe-se que os casos vão crescer muito, terão um pico e após irão paulatinamente cair. Sabe-se, também, que para 80% das pessoas que serão infectadas os sintomas não passarão dos semelhantes a um resfriado. Mas também não é isso que despenca as bolsas e elevam o câmbio.
O Brasil não está tendo movimento diferente no seu mercado financeiro na comparação com o que está acontecendo no mundo
O que de fato derruba as bolsas é a desaceleração da economia, resultado das mudanças na rotina das pessoas, das empresas e das dificuldades de se fazer comércio diante de um vírus de baixa mortalidade, mas de rápida disseminação, sem vacina, sem remédio e sempre com o risco de mutação para quadros mais graves.
Sempre os interesses da saúde estarão a frente dos econômicos e, por isso, todas as medidas necessárias serão tomadas.
Mas temos que ter consciência que elas impactam e muito a economia do mundo e o Brasil, no meio disso tudo, é só mais um país que será infectado pelo vírus e impactado pela economia.
Opinião de Antônio da Luz - Economista Chefe da Farsul / Representante do Agronegócio entre os economistas do Boletim Focus do Banco Central
Fonte: Estadão Conteúdo
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