quarta-feira, 3 de abril de 2013

03/04/2013 19:20

03/04/2013 19:20 Peixe fresco é sucesso no varejo e fonte de renda para jovem de Chiapetta A bem sucedida venda de 700 quilos de pescado em apenas um dia, no domingo anterior ao da Páscoa (24/3), elevou a estima e aprimorou habilidades de comerciante do jovem, filho de agricultores, Fábio Quos Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar O rapaz mora com os pais, Isabel e Osmar, no interior de Chiapetta. “Faltou peixe. Fiquei uns três dias depois tendo de negar pedidos feitos pelo telefone”, disse Fábio. A comercialização do pescado ocorreu na propriedade. A venda no varejo, diretamente ao consumidor final, mostrou-se mais segura. “Uma vez, chegamos a vender toda a produção para um sujeito que não nos pagou”, lamentou Fábio. Para manter a boa qualidade, as carpas foram colocadas dentro de uma carreta agrícola revestida com lona e cheia de água corrente e limpa. A instabilidade dos preços agrícolas, pagos pela saca de soja, milho e trigo, cultivados pelos Quoss em 80 hectares, motivou a família a também investir na piscicultura. Há uma década, foram implantados cinco açudes, onde são cultivadas três espécies de carpa: a capim, vendida a sete reais o quilo, a húngara e a prateada, comercializadas a cinco reais o quilo. “É mais uma fonte de renda. A agricultura é instável e para quem é pequeno produtor, como a gente, ter um só ramo de negócio não é fácil”, justificou o jovem. O engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar Daniel da Costa Soares destacou outro aspecto. “Para ser viabilizada, a piscicultura impôs continuação do trabalho familiar e a consequente manutenção do vínculo das atividades agrícolas com as pessoas da família”, disse Soares. “Essa é uma das principais saídas para que a produção de alimentos não seja interrompida por falta de mão de obra no campo”, completou o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, que presta assistência técnica aos agricultores familiares, em parceria com a Secretaria de Agricultura de Chiapetta. Assim como a irmã de Fábio, que atualmente mora em Porto Alegre, outros jovens deixam Chiapetta para residir em cidades maiores. “A falta de mão de obra no campo é um problema conhecido em diversos países. No Brasil, a boa fase econômica, a geração de novos cargos e os investimentos na indústria e comércio nos últimos anos vêm acentuando esse problema. Se a falta de mão de obra afeta as grandes cidades, é um problema ainda maior nas áreas rurais”, contextualizou Soares.

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