segunda-feira, 8 de abril de 2013

Bancos têm 13% do patrimônio no setor de petróleo

Bancos têm 13% do patrimônio no setor de petróleo Niviane Magalhães (nmagalhaes@brasileconomico.com.br) 08/04/13 19:36 Apesar da instabilidade com as empresas OGX, OSX e HRT, as instituições financeiras não correm risco, uma vez que estão bem capitalizadas, diz Deutsche Bank. O calvário das ações da OGX (OGXP3) parece não ter fim. Após diversas casas, como o Bank of America Merrill Lynch, reduzir o preço-alvo do papel para R$ 1, a ação tem buscado as mínimas diariamente. Ao final do pregão, o papel caiu 1,75%, cotado a R$ 1,68. A grande preocupação dos investidores, principalmente os estrangeiros, que têm alugado o papel em posição de venda, esperando que a ação caia mais, é o quanto os bancos brasileiros estão expostos ao setor de óleo e gás. De acordo com o relatório do Deutsche Bank, assinado pelos analistas Mario Pierry, Marcelo Cintra e Tito Labarta, a estimativa é que os bancos estejam expostos entre 12% e 13% do seu patrimônio líquido ou de 3% a 5% dos empréstimos. "Enquanto o setor de petróleo e gás esteja altamente indefinido, principalmente em relação à OGX, OSX e HRT, acreditamos que os bancos brasileiros estão bem capitalizados e com boas reservas", destacam os analistas. De acordo com os resultados do quarto trimestre de 2012, o Itaú tinha R$ 9,4 bilhões em empréstimos pendentes com o setor de óleo e gás no final do ano, equivalente a 12,7% do capital e 2,6% dos empréstimos. Já o Bradesco somou R$ 8,8 bilhões, equivalente a 12,6% do capital e 3% dos empréstimos. No mesmo sentido, o BTG Pactual tinha exposto R$ 1,7 bilhão no final de 2012, atingindo 11,9% do capital e 5% dos empréstimos. Por fim, a exposição do Banco do Brasil para o setor totalizou R$ 25,3 bilhões, sendo 38,3% do capital e 4,8% dos empréstimos. No entanto, este valor inclui empréstimos feitos pelo governo federal, o que declina a base de comparação com os demais bancos. As empresas do empresário Eike Batista tornaram-se perigosas para investir, uma vez que são atingidas pela falta de credibilidade pelo mercado. Apenas as ações da OGX recuaram 23% nos dois últimos dias úteis da semana passada. No ano, a queda é de 65%. Segundo Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora, as ações da OGX têm afundado o Ibovespa, sendo responsável por dois terços da queda do índice, que acumula baixa de 10,33% no ano. "A Bolsa precisa analisar se a OGX deve continuar do índice, pois a empresa tem feito muito mal, deixando os investidores estrangeiros cautelosos, vendidos em contratos futuros", explica Galdi. LLX Apesar da LLX ter negado a notícia divulgada pela revista Veja, no final de semana, de que o Porto de Açu, em construção no Rio de Janeiro, corre risco de afundar, uma vez que as obras foram realizadas sem um estudo do solo e que, agora, o estaqueamento (um tipo de alicerce) do estaleiro começou a ruir, fez com que o papel LLXL3 derretesse no pregão de hoje. Pedro Galdi afirma que, mesmo com a empresa negando, os investidores não inverteram suas posições, uma vez que a falta de credibilidade com as companhias do grupo EBX é bem maior. "O projeto Porto do Açu é algo muito promissor. O problema é que o controlador não acelerou os investimentos e nem mostrou resultados. O projeto é para o longo prazo, mas chega uma hora que o investidor cansa", conclui Galdi. Os ativos da empresa caíram 5,39%, cotadas a R$ 1,93.

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