sexta-feira, 26 de abril de 2013

Chamada Pública do Tabaco auxilia produtores da região de Rio Pardo a diversificar a produção

Publicação: 26.04.13-16:03 Atualização: 26.04.13-16:27 Avaliar o trabalho feito dentro da chamada pública do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para a diversificação da cultura do tabaco foi o objetivo de encontro realizado nessa quinta-feira (25), em Rio Pardo, no auditório do Parque da Expoagro Afubra. Participaram integrantes da Emater/RS-Ascar - executora da chamada -, do MDA, das prefeituras dos municípios envolvidos, além de produtores rurais e representantes de outras instituições apoiadoras, como o Sindicato dos Trabalhadores Rurais. O trabalho na Chamada Pública do Tabaco no RS iniciou em abril de 2012 com a realização de diagnósticos das famílias rurais. Após, foram realizadas visitas, atividades em grupo, dias de campo e cursos sobre os mais variados temas, escolhidos previamente pelos próprios produtores participantes. As ações beneficiaram 640 famílias de agricultores dos municípios de Passo do Sobrado, Boqueirão do Leão, Progresso, Rio Pardo, Cerro Branco, Novo Cabrais e Paraíso do Sul, que conheceram formas de diversificar a produção, estando alinhadas com a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, proposto pela Organização MUndial da Saúde (OMS) e da qual o Brasil é signatário. O encontro de avaliação serviu para que se debatessem as dificuldades enfrentadas, as falhas percebidas e as lições aprendidas, em cada uma das etapas. Os participantes foram divididos em três grupos, de acordo com a proximidade geográfica, o que permitiu análises comparativas do trabalho realizado localmente e em conjunto. A partir dos discussões, foi elaborado e entregue ao MDA um relatório detalhando todos os aspectos da apreciação dos participantes, bem como as sugestões para a continuidade dos serviços em eventuais futuras chamadas públicas, independentemente da entidade executora. Nova organização da propriedade A agricultora Rosane Fátima Chemin, da comunidade de Sinimbuzinho, em Boqueirão do Leão, ressaltou que a forma de ver a propriedade mudou depois da participação na chamada pública. A possibilidade de produzir alimento para consumo próprio era algo que estava esquecido pela sua família. Para ela, é questão de organizar a propriedade e saber conciliar o fumo com outras culturas. "É claro que não modificaremos imediatamente a nossa produção, mas é importante não depender exclusivamente do tabaco. Hoje produzimos hortaliças e já estamos implementando um pomar", afirma. Já a jovem produtora Lucilene de Oliveira Câmara, da localidade de São Roque, também de Boqueirão do Leão, animou-se tanto com as reuniões e cursos que, motivada pelo incentivo dos extensionistas do município, voltou a estudar. Lucilene matriculou-se na Escola Família Agrícola (EFA), de Santa Cruz do Sul, e pensa em permanecer na propriedade. "Há cerca de dois anos, nossa família plantava apenas fumo. Hoje já trabalhamos com verduras, cebola, batata, mel, e fazemos entregas para as escolas do município", ressalta. Assistência contínua Para o gerente regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, Luiz Bernardi, que coordenou a chamada pública na região, o trabalho não se encerra com a avaliação final. As equipes foram ampliadas justamente para que as famílias sigam recebendo assistência. "As metas foram atingidas e, em alguns casos, até ultrapassadas, e estamos satisfeitos com isso, mas o trabalho não acaba aqui", garantiu. Presente no evento, o delegado federal do MDA no Rio Grande do Sul, Marcos Regelin, mostrou satisfação com os resultados apresentados. "Vocês podem ter certeza de que o Governo quer o homem permanecendo no campo, com qualidade de vida, com saúde e com retorno financeiro", ressaltou. Sobre a apresentação de alternativas de produção para o tabaco, disse que a intenção não é a de proibir ninguém de produzir fumo, e sim, indicar um caminho voltado para a sustentabilidade e diversidade das famílias. Números da Chamada Pública do Tabaco no RS: - 640 diagnósticos; - 1 encontro de planejamento; - 1920 visitas técnicas; - 96 reuniões técnicas; - 8 dias de campo; - 32 cursos; - 1 encontro de avaliação final. Texto: Tiago Bald Foto: Divulgação/Emater Edição: Redação Secom (51) 3210.4305

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