segunda-feira, 8 de abril de 2013

Começa o plantio de alho no oeste da Bahia

Começa o plantio de alho no oeste da BahiaPostado em: 08/04/2013 00:00:00 Fonte: EBDA Editoria: Agricultura Agricultores familiares do município de Cristópolis, no extremo oeste da Bahia, começam a se preparar para o plantio do alho, cujo período inicia agora em abril e segue até o final de maio. A Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A (EBDA), através de seu Escritório Local, no município, é a responsável pela prestação de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), em quase todas as 140 propriedades familiares que trabalham com a cultura do alho, na região. A engenheira agrônoma e chefe de Escritório, Neila Wanderley, informou que os técnicos da empresa já estão orientando os agricultores sobre o plantio e os tratos culturais exigidos para o desenvolvimento da cultura. “Estamos mostrando, na prática, as condições ideais para o plantio do alho. Aquisição das sementes, cuidados com o solo, espaçamento e adubação, são itens importantes para uma boa produção e produtividade”, comentou a técnica. A EBDA também vem estimulando os produtores a plantarem utilizando sementes do alho vernalizado, que é recomendado para o melhoramento da produção. Segundo a técnica, a tecnologia de vernalização consiste em um processo de manutenção de sementes em câmara fria, com temperatura que varia de 3° a 5° graus. Com o choque térmico, o bulbo (dente de alho) se desenvolve como se estivesse em uma região de clima temperado, apropriado para essa cultivar, reduzindo o ciclo de produção de seis meses para 90 dias, e, desta forma, o produtor tem sucesso na sua produção. Leila Wandelei também explica que o alho vernalizado vem ganhando a preferência dos agricultores, já que este tipo de alho possui características superiores ao alho comum, já trabalhado na região. “O alho nobre, como é conhecido, tem tamanho superior ao alho comum, além de apresentar melhores índices de produtividade, uniformidade de tamanho, e maior valor de comercialização,” assegurou a agrônoma. Na região, a EBDA vem, periodicamente, capacitando os agricultores familiares produtores de alho, sobre a tecnologia, e promovendo cursos e seminários sobre produção de alho livre de vírus. Os eventos têm uma programação interativa e com conteúdos exclusivos para o manejo adequado da cultura. Plantio, colheita, beneficiamento e comercialização são temas abordados. Comercialização O alho produzido na Bahia tem conquistado espaço na mesa dos baianos e de outros estados, como Goiás, onde é comercializada em supermercados e feiras livres. A capital baiana, Salvador, é o maior polo consumidor da produção do alho produzido no Estado. A cultura de alho em Cristópolis tem forte expressão, sendo uma das bases de sua economia. Atualmente, cerca de 140 famílias agrícolas trabalham com a produção de alho, e destinam, em média, de um a dois hectares de área para o plantio, em suas propriedades. Outro fator que chama a atenção para o plantio de alho, nesta região, são as condições de clima e solo, favoráveis para a produção. A engenheira agrônoma diz que, quando se fala em comercialização, a maior ameaça para o alho do Brasil são os alhos chinês e argentino. “Nos supermercados, se encontram os alhos grandes produzidos com mão de obra barata e baixo custo de produção. A aparência da variedade chinesa é excelente, mas o sabor é fraco, quando comparado com o alho nacional roxo. Por isso o incentivo a produção do alho nobre vernalizado”, explica a técnica.

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