quinta-feira, 4 de abril de 2013

CSN pode sofrer multa de até R$50 mi por crime ambiental no RJ

CSN pode sofrer multa de até R$50 mi por crime ambiental no RJ quinta-feira, 4 de abril de 2013 16:50 BRTRIO DE JANEIRO, 4 Abr (Reuters) - O Rio de Janeiro poderá aplicar uma multa de até 50 milhões de reais à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), pela contaminação de um terreno em Volta Redonda onde moram mais de 2 mil pessoas, disseram nesta quinta-feira autoridades ambientais do Estado. Segundo o secretário estudual do Meio Ambiente, Carlos Minc, análises químicas apontaram que centenas de moradores da área cedida pela CSN para a construção de moradias estão expostos a substâncias perigosas. As análises indicam que um grande volume de lixo químico da CSN, como a substância cancerígena ascarel, foi enterrado no local. "Esse é um dos piores crimes ambientais ocorridos aqui no Rio de Janeiro", disse Minc a jornalistas. O terreno foi doado pela CSN ao sindicato local dos metalúrgicos em 1998 e hoje abriga o condomínio Volta Grande IV, com 791 casas construídas e onde moram cerca de 2.300 pessoas. Antes da doação, segundo as autoridades fluminenses, o terreno recebeu despejos de lixo tóxico e contaminantes da CSN, numa área equivalente de 10 mil metros quadrados. "Despejaram ali um verdadeira tabela periódica e não avisaram a ninguém", disse Minc. As primeiras denúncias de contaminação e crime ambiental surgiram em 2004, mas só no ano passado o Ministério Público local moveu uma ação contra a CSN. A siderúrgica contratou uma empresa de consultoria ambiental, a Nickol do Brasil, para fazer a análise do solo e da água do local, mas o trabalho foi executado em apenas parte do terreno do condomínio, segundo Minc. Não convencidos dos resultados, os órgãos estaduais foram ao local e fizeram suas próprias análises que indicaram que uma série de irregularidades e crimes ambientais foram cometidos. Essa não será a primeira autuação aplicada pelos órgãos de meio ambiente do Rio de Janeiro contra a CSN. Em 2010, depois da constatação de uma série de irregularidades ambientais na usina de Volta Redonda, a empresa firmou um termo de ajustamento de conduta (TAC), no valor de 500 milhões de reais, por valores atualizados

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