terça-feira, 2 de abril de 2013

Empresário Clientes angolanos deixaram de responder a Portugal

Empresário Clientes angolanos deixaram de responder a Portugal Um empresário de Sines na área dos projectos de engenharia de construção civil revelou à agência Lusa que desde Novembro deixou de receber respostas de clientes angolanos sobre t Sérgio Monteiro relaciona o silêncio dos clientes de Angola, que representam cerca de 40% do volume de negócios da sua empresa, com a notícia divulgada, em Novembro do ano passado, de que o Ministério Público (MP) português estaria a investigar altos dirigentes angolanos no âmbito de um processo-crime. “Ninguém me disse que estava relacionado, mas é coincidência a mais estar tudo a fluir e a partir desse incidente as coisas alterarem-se radicalmente”, afirmou o empresário, que desconhece qual será o desfecho de um projecto que já estava adjudicado no âmbito da construção de um centro desportivo de alto rendimento em Luanda. “De momento, não sei. Não temos notícias, sequer”, desabafou. O proprietário da SPM Engenharia, sediada desde Julho do ano passado no Sines Tecnopolo, uma incubadora de empresas na área das tecnologias, queixou-se ainda de ter “um pagamento em atraso”. “O projecto está a meio”, indicou, explicando que o próximo “pacote de trabalho”, o sistema de climatização e ventilação de um edifício, “que já está pronto”, só será entregue “quando chegar o pagamento do anterior”. PUB O empresário confessou que a situação “não mata, mas afecta”, tendo em conta que se trata de uma “empresa pequena”, com um volume de negócios que não deverá ultrapassar, este ano, os 50 mil euros. Sérgio Monteiro relaciona a falta de pagamento do trabalho com o mesmo “incidente”, uma vez que “até então, os pagamentos estavam a ser correctos”. A 10 de Novembro, o semanário Expresso noticiou que o MP português estaria a investigar três altos dirigentes do regime angolano por suspeitas de crimes económicos, mais concretamente indícios de fraude e branqueamento de capitais. Depois dessa notícia, o Jornal de Angola publicou um editorial segundo o qual existiria em Portugal uma "campanha contra Angola", que estaria a ser desenvolvida "ao mais alto nível". A Lusa tentou desde a semana passada pedir um comentário à embaixada de Angola, que tem adiado sucessivamente a resposta.

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