terça-feira, 9 de abril de 2013

Encontro em Paranaíta atrai investimentos em agricultura

Encontro em Paranaíta atrai investimentos em agricultura 09/04/2013 13:47 Com apenas 27 anos de emancipação, tendo passado pelos ciclos do café, arroz, ouro e madeira e mais atualmente com forte vocação na pecuária (406,09 mil cabeças), o município de Paranaíta, na região norte de Mato Grosso, deve despontar em breve como uma das novas fronteiras agrícolas do Estado. São 200 mil hectares de pastagens, sendo 75 mil ha aptos para a agricultura. O potencial agrícola do município foi apresentado aos produtores rurais, sociedade e investidores na sexta-feira (05), durante o 1º Encontro do Agronegócio de Paranaíta, que reuniu cerca de 300 pessoas. O evento foi uma realização da Prefeitura Municipal e Sindicato Rural, com apoio da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e o patrocínio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT). Segundo o prefeito do município, Tony Rufatto, a construção da Usina Hidrelétrica Teles Pires, no rio de mesmo nome, prevista para ser finalizada em 2014, a pavimentação da MT-206, que liga Paranaíta à Alta Floresta, e a conclusão da BR-163 são alguns dos investimentos que farão com que o município desponte seu potencial para a agricultura. "A construção da hidrelétrica e a pavimentação das rodovias que ligam o município a outras cidades da região irá trazer muitos investimento, entre eles a agricultura", comenta Rufatto. O presidente do Sindicato Rural de Paranaíta e secretário de Agricultura do município, Ivan Moreno de Jesus, destaca que o objetivo do evento é estimular a produção agrícola, principalmente de soja e milho. "Nós estamos aproveitando o bom momento da agricultura e atraindo uma atividade nova ao município. Sempre soubemos do potencial de Paranaíta, porém esbarrávamos na logística deficiente, problema que está próximo do fim com a conclusão da BR-163, que viabilizará nossa produção", afirma Moreno De acordo com o presidente do Sistema Famato, Rui Prado, Mato Grosso tem enormes áreas aptas para produção de grãos sem a necessidade de derrubar nenhuma árvore, sendo Paranaíta um exemplo. "O município já é um pólo da região e tem muito potencial agrícola. É uma oportunidade de investimentos para os produtores que vieram para cá produzir e é papel do Sistema Famato apoiar iniciativas como esta", destaca Prado. Interesse - Diversos produtores de Sorriso e Sinop participaram do evento. Segundo dados do Sindicato Rural de Sorriso, produtores do município plantam 2 milhões de hectares, sendo 1,4 milhão fora do município, em cidades como Nova Ubiratã, Vera, Cláudia, Nova Maringá e Ipiranga do Norte. "Em Sorriso já está faltando áreas para produzir, por isso os produtores da região estão migrando para outros municípios e a região de Paranaíta tem chamado a atenção, por isso muitos vieram ao evento conferir as oportunidades", comenta o presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Láercio Lenz. O produtor rural de Sinop, Paulo Lauxen, participou no evento para conhecer mais sobre o potencial da região. Ele comenta que tem interesse em investir e está avaliando as opções. "Percebi que aqui é uma região ideal para desenvolvimento de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), o que é muito interessante", analisa Lauxen. Logística - A conclusão da BR-163 é esperada com grande expectativa pelos produtores da região, que além de Paranaíta engloba os municípios de Alta Floresta, Nova Monte Verde, Nova Bandeiras e Apiacás. A previsão é que na próxima safra a produção de Mato Grosso já seja escoada pelos portos do Norte do país, através da BR-163. Atualmente, a distância de Paranaíta dos portos de Santos e Paranaguá é de aproximadamente 2.500 km. Com a conclusão da BR-163, que irá possibilitar a utilização dos portos de Santarém e Miritituba, no estado do Pará, o trajeto será de 1.250 km. "Atualmente uma produção de mais de 20 milhões de toneladas de grãos da região norte de Mato Grosso é toda escoada pelos portos do Sul e Sudeste do país. Com a conclusão das obras da BR-163 e a possibilidade de utilizar os portos do Norte do Brasil, esta produção irá mudar de trajeto e aí, automaticamente, esta localização no extremo norte do estado, que hoje é considerada o final da linha, vai se inverter e se tornará um dos melhores pontos com relação à custo logística em todo o estado", destaca o diretor executivo da Famato, Seneri Paludo. A construção de hidrovias no rio Teles Pires também deve melhorar ainda mais a logística da região. Em Mato Grosso, há projetos da hidrovia Teles Pires-Tapajós, Arinos-Juruena-Tapajós, Tocantins-Araguaia e a Paraguai-Paraná. Somente com a implantação da hidrovia do Teles Pires-Tapajós seria possível reduzir os custos do frete mato-grossense em 60%, segundo dados do Movimento Pró-Logística. Fonte: Assessoria (foto: assessoria)

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