quinta-feira, 18 de abril de 2013

Estiagem prejudica lavouras de cana-de-açúcar de Alagoas

Estiagem prejudica lavouras de cana-de-açúcar de Alagoas 18/04/2013 07h28- Atualizado em 18/04/2013 07h29 Fornecedores do estado cortaram 30% a menos de cana. Agricultores estão sem Os agricultores de lavouras de cana-de-açúcar de Alagoas, principal estado produtor do Nordeste, deixaram de colher cerca de três milhões de toneladas devido à estiagem prolongada, que prejudicou as lavouras. Segundo o setor sucroalcooleiro, foi a pior safra da última década. Na safra 2011/2012, as usinas produziram quase 47 milhões de sacos de açúcar (cada saco com 50 kg); nessa última safra foram 44 milhões. Em etanol, a safra do ano passado possibilitou a produção de 670 milhões de litros enquanto que a deste ano caiu para 540 milhões. O presidente da Cooperativa dos Produtores de Açúcar e Álcool de Alagoas, José Ribeiro Toledo, diz que o que agravou ainda mais a situação é que eles não puderam aumentar o valor de venda do produto final para compensar as perdas. "Como o Nordeste tem participação de apenas 10% na safra do Brasil, os produtores de açúcar e álcool de Alagoas e do Nordeste não puderam aumentar o preço em função da redução de safra porque o Centro-Sul teve uma concorrência muito forte e um crescimento de safra bastante forte esse ano". A safra desastrosa está diretamente ligada à falta de chuva. No campo, a paisagem seca impediu o crescimento da cana. Com mananciais vazios, até a irrigação se tornou impossível. Os 7.400 mil fornecedores do estado cortaram 30% a menos de cana. As previsões para a próxima safra são as piores. Especialmente porque parte das plantações se perdeu por causa da seca e se o normal é o produtor renovar 20% da plantação a cada safra, dessa vez ele vai ter que renovar o dobro: 40%. Para a Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas (Asplana), vai ser impossível recuperar todos os danos em curto prazo. Até porque a maioria deles é pequeno produtor, com até 20 hectares plantados. "O fornecedor não tem essa capacidade financeira de fazer toda essa renovação. Então vão ficar aqueles canaviais de baixíssima produtividade ou sem plantar. E o mais agravante: nós vamos iniciar o nosso plantio a partir de maio, junho, julho e agosto, e nós não estamos vendo muda para utilizar nesses plantios”, explica o diretor técnico da Asplana, Antônio Rosário. A previsão da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas é que a colheita da próxima safra comece no final de outubro. DO GLOBO RURAL

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