terça-feira, 23 de abril de 2013

Grupo Bom Futuro inaugura frigorífico de pescados em CV

Grupo Bom Futuro inaugura frigorífico de pescados em CV23.04.2013 | 15h10 - Atualizado em 23.04.2013 | 15h16 Valmir Faria/Jessica Bachega Unidade terá capacidade para processar entre 10 Um dos gigantes do agronegócio de Mato Grosso, o Grupo Bom Futuro, que só em Campo Verde cultiva 55 mil hectares com algodão, milho e soja, e cria, através do sistema de confinamento e semiconfinamento, 16 mil cabeças de gado, inaugurou no último dia 18, seu frigorífico de peixes no município. A unidade, que tem cerca de mil metros quadrados de área construída, tem capacidade para processar entre 10 e 20 toneladas de pescado por dia. Conta com Serviço de Inspeção Federal e foi projetada respeitando todas as normas sanitárias e ambientais, o que garante ao consumidor a certeza de adquirir produtos de qualidade e processados de maneira ecologicamente correta. O novo frigorífico, de acordo com a empresa, vai produzir cortes como filé de tilápia, ventrecha e costela palito de tambaqui, filé de pintado, além de peixes frescos e vicerados. Os investimentos feitos na área da piscicultura mostra que o Grupo Bom Futuro está na vanguarda da atividade, verticalizando a produção e transformando proteína vegetal em proteína animal, além de criar a possibilidade para que, num curto espaço de tempo, pequenos produtores possam investir na atividade. De acordo com Aline Bortoli, a decisão de investir na piscicultura surgiu justamente com o objetivo de agregar valor à produção de milho e soja, matérias-primas utilizadas na fabricação da ração usada na alimentação dos peixes. “Nós resolvemos diversificar os negócios produzindo proteína barata, aproveitando as condições que um estado produtor de grãos pode oferecer”, enfatizou. Atualmente, o Grupo Bom Futuro conta com 130 hectares de lâmina d´água na Fazenda Filadélfia, onde são criadas espécies como pintado, peraputanga, matrinxã, tambaqui, tambatinga e piau. A empresa está implantando no distrito de São Lourenço de Fátima, no município de Juscimeira, um projeto para a criação de tilápias, além de contar com mais 40 hectares de tanques em Canarana. Diretor do departamento de piscicultura do Grupo, Jules Ignácio Bortoli aponta a demanda por pescados com um dos fatores que incentivaram a empresa a investir no segmento. Segundo ele, mesmo o Brasil tendo a maior reserva de água doce do mundo, ainda importa anualmente U$ 1 bilhão em pescado de países como China e Vietnã, onde os recursos hídricos são infinitamente menores. “Só isso já mostra que o Brasil precisa produzir mais peixes”, disse o executivo. Bortoli aponta também o aumento da renda do brasileiro como fator preponderante para o crescimento da atividade pesqueira. “Ganhando mais as pessoas querem comer melhor”, observou. Para ele, a entrada do Grupo Bom Futuro no setor pode contribuir para que mais produtores invistam na piscicultura. “Nós temos um papel fundamental para estimular a produção de peixes”, destacou. Superintendente do Ministério da Agricultura, Chico Costa participou da inauguração do frigorífico e da instalação do SIF. Segundo ele, esta é a quinta unidade de processamento de pescados instalada em Mato Grosso. “O que mostra a preocupação do Estado em produzir alimentos com qualidade, além de ampliar a cadeia produtiva do peixe”, ressaltou. Costa também destacou que a iniciativa do Grupo Bom Futuro em investir na piscicultura, além de fortalecer a economia de Mato Grosso, contribui com a preservação do meio ambiente. “Um estabelecimento como esse vem a agregar valor, gerar emprego e renda e dar condições de nossos rios se recuperarem”, disse ele, lembrando que os mananciais do Estado não têm condições de suprir a demanda por pescado. O frigorífico, de acordo com Jules Ignácio Bortoli, recebeu investimentos de R$ 2 milhões e deve gerar cerca de 70 empregos diretos e alguns outros indiretos. Questionado sobre a possibilidade de o frigorifico comprar peixes de produtores locais para o abate, Jules Bortoli afirmou que a principio o frigorífico irá abater apenas a produção da Bom Futuro, porém dependendo do desenvolvimento das atividades é possível que o grupo adquira a produção de outros produtores . O Grupo está investindo também na implantação de uma fábrica de ração, orçada em R$ 2,5 milhões. Além do superintendente Ministério da Agricultura Chico Costa, participaram da inauguração o fiscal do Ministério da Agricultura José Vitor Cestani Rodrigues, o agente de Inspeção do SIF Antônio Barreto e o chefe do SIPOA/MT Leandro Machado, além de vários colaboradores da empresa. Iniciativas como essa são excelentes para o município, proporcionando a abertura de novos mercados. Tornando-o conhecido não só como grande produtor de soja e algodão, mas como um dos primeiros municípios mato-grossenses a produzir peixe levando desenvolvimento para toda a região.

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