terça-feira, 14 de maio de 2013

Especialistas defendem transporte hidroviário e ferroviário para aliviar custo do frete

Especialistas defendem transporte hidroviário e ferroviário para aliviar custo do frete14/05/2013 | 17h21 Evento em São Paulo debateu nesta terça, dia 14, os desafios da infraestrutura e logística para o agronegócio sustentável Viviane Barbosa | São Paulo (SP) inShare. Bruno Alencastro Foto: Bruno Alencastro / Agencia RBS Transporte hidroviário é mais barato e tem menor impacto ambiental Especialistas discutiram nesta terça, dia 14, durante um seminário no Instituto Biológico, em São Paulo, os desafios da infraestrutura e logística para o agronegócio sustentável. Para Edeon Vaz Ferreira, diretor executivo do movimento Pró-logística e membro do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), as hidrovias e as ferrovias são os principais modais de transporte para diminuir os custos com o frete e a emissão de gases poluentes. – O que nós precisamos como modais de transporte pro agronegócio, assim como para os minérios, são modais de baixo custo. Nos países civilizados, se você tomar o como rodoviário base 100, o ferroviário custaria 70% e o hidroviário, 30%. Então, o hidroviário, além da vantagem econômica, ou seja, da redução do custo do frete, é o ecologicamente mais perfeito porque um comboio de 15 barcaças, ele retira das rodovias 1050 caminhões. Então, o volume é muito grande. Nós estamos aí com praticamente 60% do nosso transporte safra em cima de um caminhão. Isso não existe no mundo. Por isso, nós estamos pagando um absurdo de frete. Nós temos que virar isso, nós temos que direcionar isso pra hidrovia e ferrovia – afirma Vaz Ferreira. No caso das ferrovias, o consultor Eduardo Barros usa como exemplo uma carga de 1,5 mil toneladas. Se ela for transportada em 15 vagões, 60 caminhões seriam retirados das estradas. – Quando nós olhamos os transportes, olhamos os diferentes modais. Por exemplo, uma barcaça é equivalente a 15 vagões, que são equivalentes a 60 caminhões. Então, a gente consegue ver por essa diferença e pela poluição emitida pelos caminhões dois aspectos: custo, que é muito maior no [transporte] rodoviário e impacto mesmo no ambiente. O que eu acho que o Brasil tem como desafio é aumentar o seu modal hidroviário, mas tem limitação pela nossa geografia, principalmente o ferroviário. O impasse para aprovar a Medida Provisória dos Portos também foi citado durante o debate. Edeon Vaz Ferreira afirma que a burocracia tem dificultado os investimentos. – Quanto à questão do meio ambiente, eu acredito que nós temos que flexibilizar mais, facilitar pra que esses investidores possam investir nos portos, porque o meio ambiente está travando muito. Eu acho que é muita exigência desnecessária. É governo travando governo. Então, nós precisamos mudar isso para facilitar essa questão dos investimentos nos terminais portuários – completou. SOS Logística e acompanhe outras notícias CANAL RURAL

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