sábado, 29 de junho de 2013

Bahia exporta primeira carga de laranja in natura para a Holanda

2ADAB - AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECPara a liberação da carga com 12 toneladas do fruto, a Fazenda Gavião precisou se adequar aos serviços de Atenção Fitossanitária e às exigências nacionais e internacionais na comercialização e exportação de produtos. Desde 2012 a Fazenda Gavião lançou-se ao comércio internacional, exportando frutos de mesa (laranja), entretanto, a atividade foi interrompida por conta do desaquecimento da oferta (final da safra) e do advento de detecção de Mancha Preta dos Citros (MPC) no Estado da Bahia, praga detectada em maio de 2012 por fiscais agropecuários estaduais da Adab. “Para a retomada das transações comerciais, houve a necessidade do Governo entrar no circuito através do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa/ SFA/ BA) e da Seagri, por intermédio do seu órgão de Defesa Agropecuária, a Adab”, direcionou o secretário de agricultura e engenheiro agrônomo, Eduardo Salles. Para conseguir exportar laranja in natura para Europa (Holanda), um dos mais exigentes mercados consumidores, o produtor precisou seguir um protocolo de requisitos que dizem respeito não só a qualidade alimentar, mas também à fitossanidade de produtos e procedimentos utilizados nos processos de produção. “A Fazenda Gavião vem atendendo rigorosamente todas as orientações, recomendações e exigências até conseguir exportar novamente a laranja (in natura). Por isso, o resultado é um reconhecimento à dedicação empenhada nas ações de defesa fitossanitária durante todos esses anos. Hoje é com muito orgulho que afirmo ser a primeira Fazenda com SMR a exportar de laranja in natura do Estado”, declarou o representante da Fazenda Gavião, José Carlos. Visando atender as exigências fitossanitárias para a exportação, “o Mapa apresentou a Instrução Normativa nº 03 de 2008 a qual institui compulsoriamente o Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para as áreas (Estados) de ocorrência da MPC e que pleiteiam a comercialização de frutos in natura, seja para o comércio nacional, ou internacional”, completou Carlos Albuquerque do Mapa. O rigoroso mapeamento da propriedade, por meio do Sistema de Mitigação de Risco (SMR), reconhece e monitora as principais pragas que afetam a citricultura, integrando diferentes medidas de manejo de risco de pragas, dentre elas destacam-se: cadastramento das lavouras; inspeção na lavoura e corte de frutos; e cargas lacradas na origem, além do funcionamento e adequação da unidade de beneficiamento (packing house). A Adab ainda desenvolveu ações visando à delimitação da área de ocorrência da praga e estabelecimento de um consistente programa de monitoramento e contenção da praga no Recôncavo Baiano, com inspeções fitossanitárias em pomares de todo o Estado, confirmação laboratorial (EMBRAPA/CNPMF), reuniões com produtores locais, realização de seminário regional, suporte técnico-científico. ”Os objetivos visam assegurar a saúde dos consumidores, bem como minimizar o risco de introdução de pragas indesejáveis àquele continente, a exemplo de Mancha Preta dos Citros (MPC), a qual é considerada a mais importante dessa categoria de patógeno”, afirmou a coordenadora do Projeto Fitossanitário da Cultura dos Citros, Suely Brito. O diretor de Defesa Sanitária Vegetal, Armando Sá, ressaltou que o reconhecimento do SMR para exportação cultura de citros consolida a citricultura na Bahia, respaldando as atividades da defesa sanitária vegetal da Adab como suporte a expansão. “A Bahia ocupa o segundo lugar no ranking nacional de produção e exportação de frutas frescas e a proteção do negócio agrícola é fundamental para a manutenção e ampliação desses números”, afirmou Sá. As conquistas - Para a superintendente federal da Agricultura na Bahia, Virgínia Hagge, a exportação da laranja representa não apenas a consolidação da qualidade do nosso produto, mas também o rompimento de barreiras comerciais e abertura de novos mercados para frutas baianas. “O Governo cumpre mais uma vez com o compromisso de defender os interesses do Brasil e dos produtores sempre comprometidos com os respaldos técnicos”. A Superintendente ainda ressaltou que o Governo continuará dando todo apoio para novas exportações. Para o Secretário da Agricultura, Eduardo Salles, a citricultura baiana apresenta forte impacto social. “A cadeia produtiva dos citros no Estado gera, a cada safra, aproximadamente 20 mil postos de trabalho, composta, principalmente, por pequenos produtores familiares, absorvendo assim um grande contingente de trabalhadores rurais das pequenas cidades das regiões citrícolas” ressalta Salles. “O ganho é para o agricultor, que vai colocar um produto brasileiro de qualidade no mercado internacional, para o consumidor que terá a garantia de uma fruta saudável em sua mesa e para a Adab que cumpre com o seu papel de defesa agropecuária na Bahia”. Como segundo produtor nacional de citros, a Bahia possuiu nos últimos anos o crescimento progressivo no volume de exportações deixando a Bahia com uma produção de 804,2 mil toneladas, em aproximadamente 64 mil ha, acumulando também a mesma posição no ranking nacional da produção de lima ácida tahiti, com uma produção de 46,9 mil toneladas em 3,39 mil há, segundo os dados do IBGE de 2010.

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