domingo, 27 de abril de 2014

Produtores e moinhos aumentam os investimentos no trigo este ano

Produtores e moinhos aumentam os investimentos no trigo este ano Agricultores do Paraná voltam a investir pesado no plantio. No mercado internacional, preço já se valorizou 10% desde o início do ano 27/04/2014 08h30 DO GLOBO RURAL As sementes tratadas estão no barracão desde fevereiro. Foi quando Hiure Weidmann decidiu que iria plantar trigo. A área seria maior, 170 hectares, o dobro de 2013. “Estou achando que o preço está muito bom, em relação aos anos anteriores. Então este ano eu vou arriscar de novo”, declara Hiure Gustavo Weidmann, agricultor. Como choveu bem nas últimas semanas, a terra está úmida, boa para o plantio. O agricultor só precisa de uns dois dias seguidos de sol para entrar com as máquinas. O agricultor fará o plantio em duas etapas, com uma diferença de um mês, como estratégia para diminuir o risco de perdas com as geadas. Na safra passada, Hiure atrasou o plantio, mesmo assim colheu 60 sacas por hectare, média alta. “Foi a melhor safra que eu tive como agricultor”, declara. Outros agricultores voltaram a apostar no trigo. A área deve crescer 23%, segundo a Secretaria de Agricultura do Estado. Se o tempo colaborar, a colheita pode chegar a 3,6 milhões de toneladas, o dobro do ano passado. As cooperativas se prepararam para receber a produção. A de Campo Mourão, no norte do Paraná, investiu 100 milhões em um novo moinho, com equipamentos suíços de ultima geração. Em Ponta Grossa, três empresas se uniram para também construir um moinho de ponta. A cooperativa de Cascavel inaugurou a estrutura em 2012. Antes a empresa apenas recebia os grãos e os repassava para indústrias, agora a cooperativa tem capacidade para moer até 120 mil toneladas de trigo para produzir farinha e vender para atacados e mais uma atividade, diversificação que aumenta o faturamento. O produto é vendido para varias regiões do Paraná, além de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “Para o Brasil, sempre é bom produzir, porque nós baixamos a importação. Importamos menos, o dinheiro fica no Brasil e todo mundo ganha”, declara Acir Palaoro, gerente da cooperativa. tópicos: Campo Mourão, Paraná, Ponta Grossa, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário