domingo, 1 de fevereiro de 2015
Descoberta de parasita natural em AL leva Adeal a suspender vazio sanitário
01/02/2015 09h10 - Atualizado em 01/02/2015 09h30
Descoberta de parasita natural em AL leva Adeal a suspender vazio sanitário
Medida havia sido adotada para combater praga da Helicoverpa armigera.
Vespa encontrada pela Ufal utiliza ovos da lagarta para se reproduzir.
Do G1 AL, com informações da TV Gazeta
Mal começou o período do vazio sanitário, em vigor desde o dia 15 de janeiro, e a proibição do plantio de feijão, milho, algodão, sorgo (milho-zaburro) e soja já foi revogada. A medida havia sido adotada pela Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) para combater a praga Helicoverpa armigera, mas um inimigo natural da lagarta foi descoberto e agora ajuda no controle da praga.
A descoberta de uma vespa que se apropria dos ovos da lagarta para se reproduzir foi feita por pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). A descoberta só foi possível poque nenhum agricultor usou insetisida neste período.
Segundo a pesquisadora, a vespa age diretamente na reprodução da lagarta.
"Fomos ao campo para averiguar a incidência da praga. E, felizmente, quando chegamos no campo, encontramos ovos da praga parasitados pos essa vespa. Coletamos ovos semanalmente no mês de dezembro e constatamos quantos desses ovos estavam parasitado, Encontramos 95% deles [dos ovos] controlados", explica Jakeline Maria dos Santos, entomologista da Ufal.
A novidade levou a Adeal a suspender o vazio sanitário imposto aos agricultores, previsto para durar de janeiro a março deste ano. "A lagarta está sendo controlada e não existe uma incidência tão alta que justifique o vazio [sanitário]. Esse inseto já está sendo usado pelas instituições que estão pesquisando o comportamento da lagarta aqui em Alagoas e nós esperamos excelentes resultados", afirma o presidente da Adeal, Marcelo Lima.
Outros estados buscam a mesma saída, como a Bahia e o Piauí, onde a praga da Helicoverpa causou grandes prejuízos. "Essas vespas são comercializadas no Brasil. Existem biofábricas aumentando a criação e em nosso estado ela é encontrada naturalmente, não precisamos comprar e a eficiência no controle está sendo grande", comemora Jakeline.
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Alagoas
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