quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Preços dos combustíveis vão pressionar inflação em 2015

Quem costuma abastecer o carro regularmente, já deve ter sentido no bolso o aumento de preço dos combustíveis
Quem costuma abastecer o carro regularmente, já deve ter sentido no bolso o aumento de preço dos combustíveis. De janeiro até a primeira semana de fevereiro, o preço médio da gasolina no país, por exemplo, subiu 7,5%, passando de R$ 3,03 para R$ 3,26 o litro, de acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Os motoristas que mais sentiram foram os do Sul do Brasil aonde a tarifa média de R$ 2,99 para R$ 3,28, seguido pelo Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Norte. O reajuste se deu por dois principais fatores, segundo Salomão Quadros, superintendente adjunto para Inflação da FGV/IBRE: o movimento natural de compensação de preços do petróleo por parte da Petrobras, defasado há alguns anos e ao aumento de tributação (alíquotas de PIS/Cofins sobre a gasolina e o óleo diesel) dos combustíveis que começou a valer dia 1º deste mês ligado ao esforço do governo em equilibrar suas contas. "A gasolina no Brasil está subindo no momento em que o preço do petróleo está despencando no mundo todo. Isso tem haver com a herança de compensação de preços devido a política de contenção realizada num passado recente para controlar a inflação, além da tributação não por uma razão de preço do combustível em si, mas por conta do problema fiscal", ressalta Quadros. Junto com os reajustes de energia e ônibus, a subida dos preços dos combustíveis compõe a tríplice responsável pelo crescimento de cerca de 10% dos preços administrados em 2015, conforme prevê o economista. O resultado que fazer com que a inflação desse ano supere em quase 1 ponto percentual a do ano passado, passando dos 7% com folga. "Inflação menos pressionada só dá para começar a pensar a partir de 2016. Tarifa elétrica, por exemplo, não é como o grupo alimentos que devolve o reajuste, pois é fixada. Por isso, agora só dá olhar para próxima data base que pode vir um reajuste menor caso os reservatórios de água se recuperem", contextualiza o especialista. Quanto ao preço do óleo diesel, mais utilizado em transportes de fretes e em máquinas agrícolas, Quadros explica que não há uma medição direta já que acaba não interferindo na cesta das famílias. Contudo, ele pode afetar o consumidor indiretamente. "Deve impactar no custo dos transportes de cargas e na agricultura, ou seja, na cadeia logística, mas não dá para contabilizar tão claramente o efeito como a gasolina e o álcool, que esta mais caro devido a entressafra", analisa o economista. Data de Publicação: 18/02/2015 às 15:45hs Fonte: Agência IN - Investimentos e Notícias

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