Publicado em 25/02/2020 16:52 e atualizado em 25/02/2020 17:53
Depois das baixas intensas e da liquidação de posições registradas na sessão anterior, os futuros do café arábica negociados na Bolsa de NOva York voltaram a subir nesta terça-feira (25) e fecharam o dia com altas de mais de 100 pontos entre os vencimentos mais negociados.
O contrato março encerrou o dia com 107,10 cents de dólar por libra-peso e ganho de 120 pontos, enquanto o maio subiu 160 pontos para 108,50 cents e o julho/20, 155 pontos para concluir o pregão valendo 110,60 cents/lb.
O mercado testou uma recuperação depois das perdas intensas, motivadas pelas intensas e crescentes preocupações com o surto de coronavírus, que corre agora o risco de se tornar uma pandemia. Entretanto, os ganhos não acontecem de forma também generalizada e acontecem quase que exclusivamente entre as commodities agrícolas.
O mundo olha as bolsas como um termômetro em busca de sinais de retomada da produção e de controle da diminuição da recessão e, por mais uma sessão nesta terça-feira, os números em Wall Street trabalhavam em terreno negativo com as notícias sobre os casos de COVID-19, o nome técnico do novo coronavírus, frequentes em cada vez mais países fora da China. Na Europa, as bolsas de valores também recuaram.
A atual situação preocupa o mercado do café muito mais no horizonte cambial - com o dólar muito forte frente ao real - do que no quesito demanda. Afinal, o comportamento de fortalecimento da moeda americana é alimentado também pela maior aversão ao risco registrada no mercado financeiro mundial.
"Um real mais fraco incentiva a exportação de café arábica pelos produtores brasileiros", como explicam os analistas do portal internacional BarChart, e esse continua sendo um fator de pressão sobre as cotações no mercado internacional.
Entretanto, o dia parece ter sido de reajuste de posições e espera, principalmente, pela volta do mercado no Brasil, após o feriado de Carnaval, para que os traders entenda como caminhará a relação dólar x real. Na última semana, a divisa renovou suas máximas e foi a R$ 4,40.
Paralelamente, o mercado internacional do café observa ainda como se comportam as exportações nos principais países produtores, bem como o andamento do clima no Brasil.
Por: Carla Mendes| Instagram@jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas
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