quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

BC e Fazenda não veem inflação convergindo para centro da meta em 2013

Por Luciana Otoni BELO HORIZONTE, 21 Fev (Reuters) - O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, disse nesta quinta-feira que não é factível esperar que a inflação brasileira convirja para o centro da meta de 4,5 por cento neste ano, indicando ainda que a autoridade monetária vê um câmbio menos volátil. A visão do Banco Central foi corroborada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que disse nesta quinta-feira ver a inflação fechando o ano em torno de 5,5 por cento. "Com informações de que dispomos hoje, não é realista imaginar convergência (da inflação) em 2013", disse ele em entrevista a jornalistas, acrescentando que a inflação mostrará resistência no primeiro semestre e recuará no segundo semestre do ano. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 0,86 por cento em janeiro, maior variação desde abril de 2005, acumulando alta de 6,15 por cento em 12 meses. A meta de inflação deste ano é de 4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos. O diretor, durante a apresentação do Boletim Regional do BC, reforçou as últimas declarações dadas pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que a atual política continua válida, mas que os ciclos monetários não foram abolidos e que, se necessário, a política monetária poderá ser ajustada. "Ele (Tombini) falou que não há risco de descontrole inflacionário, portanto, vale a mensagem. Ele falou que neste momento a estratégia da política monetária está mantida... e que não foram abolidos os ciclos monetários." Nesta mesma linha, Mantega disse em teleconferência com jornalistas e analistas que a "situação inflacionária está sob controle". As preocupações com a inflação levaram o mercado de juros a precificar uma aumento da taxa Selic já neste primeiro semestre, depois de ter recuado no ano passado para a mínima histórica de 7,25 por cento ao ano.

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