quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Soldado dos EUA se declara culpado de uso indevido de informações no caso WikiLeaks

Por Medina Roshan FORT MEADE, EUA, 28 Fev (Reuters) - O soldado norte-americano acusado de fornecer mensagens diplomáticas e outros documentos secretos à organização WikiLeaks se declarou culpado nesta quinta-feira de mau uso de material classificado, mas rejeitou a acusação mais grave em julgamento militar, indicando que não ajudou o inimigo. O soldado Bradley Manning, de 25 anos, apresentou estas declarações antes de comparecer diante de uma corte marcial, que começa em 3 de junho, num caso que incide sobre o maior vazamento de documentos secretos na história dos Estados Unidos. A juíza militar Denise Lind aceitou as declarações de culpabilidade durante a tarde. Manning se declarou culpado de uma série de 10 acusações menores por uso indevido de informação classificada e enfrenta uma pena máxima de 20 anos de prisão. "Acredito que se o público em geral...tivesse acesso à informação...isso poderia iniciar um debate nacional sobre o papel do Exército e a política externa em geral", disse Manning diante da juíza encarregada da audiência. Durante a leitura de um comunicado de 35 páginas enquanto permanecia sentado ao lado de seus advogados, o jovem descreveu seus sentimentos depois de apresentar informação secreta ao WikiLeaks. "Senti que tinha feito algo que me permitiria ter a consciência limpa", afirmou Manning, que falou sob juramento durante mais de uma hora. "Este era o tipo de informação...que deveria ser tornada pública", acrescentou. Na audiência, Manning se declarou inocente da acusação mais grave, a de ajudar o inimigo, através de seu advogado. O soldado, que está preso há mais de mil dias, poderia pegar prisão perpétua se condenado por ajudar o inimigo.

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