sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Brasil inova com a luz orgânica

Brasil inova com a luz orgânica Em março de 2014, a multinacional de origem holandesa pretende lançar uma família de luminárias de alta eficiência energética, fabricadas no BrasilUma tecnologia inovadora de iluminação que utiliza um semicondutor orgânico, desenvolvida pela Philips em parceria com pesquisadores brasileiros da Fundação Certi, promete economia de 30% a 40% de eletricidade e durabilidade três vezes maior que as lâmpadas fluorescentes compactas. Em março de 2014, a multinacional de origem holandesa pretende lançar uma família de luminárias de alta eficiência energética, fabricadas no Brasil. O convênio de cooperação EMO (em inglês, OLED para mercados emergentes), no valor de US$ 10 milhões e com duração de três anos, tem financiamento Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES-Funtec), destinado a projetos de interesse estratégico para o país. Também conta com apoio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que pretende lançar neste ano um programa de incentivos para desonerar este segmento industrial. Atualmente, 19% de toda a energia consumida no mundo se destinam à iluminação e a expectativa é reduzir esse percentual. O salto evolutivo se baseia no conceito da iluminação por estado sólido. "OLED, sigla em inglês para diodo orgânico emissor de luz, é uma tinta composta por moléculas luminescentes de carbono, hidrogênio e oxigênio que é impressa sobre uma superfície plana, geralmente vidro, por onde passa uma corrente elétrica", explica o responsável pelo projeto na Certi, engenheiro Manuel Steidle. "Diferentemente da lâmpada LED, que tem luz intensa e focada, a tecnologia OLED gera luminosidade difusa e de espectro suave, a partir de uma camada extremamente fina, de apenas 1,8 milímetro". Há aplicações promissoras em arquitetura e construção, indústrias automotiva e eletroeletrônica, iluminação pública, artes e medicina. "No fim do ciclo de vida dos produtos, o impacto dos materiais orgânicos é mínimo para o meio ambiente, ao contrário das lâmpadas fluorescentes, que usam metais pesados", diz. As luminárias OLED serão utilizadas na Copa do Mundo e nas Olimpíadas. Os técnicos e engenheiros da Fundação Certi trabalham em melhorias para aprimorar a tecnologia de luz orgânica, denominada Lumiblade pela empresa. A pesquisa vem sendo desenvolvida em cooperação com um laboratório da Philips em Aachen, na Alemanha, com a fábrica de lâmpadas da multinacional em Varginha (MG) e com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio do Laboratório de Materiais (LabMat) e do Instituto de Eletrônica de Potência (INEP), em Florianópolis. Em maio de 2012, o primeiro produto da parceria foi apresentado em Londres para 170 arquitetos e projetistas: o Philips LivingSculpture 3D, uma estrutura composta por 40 módulos de 25 lâminas de luz, coordenadas por computador. As lâminas possuem hastes metálicas que possibilitam a criação de planos iluminados tridimensionais, como se fossem esculturas luminosas.

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