segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Japão deve nomear opositor da deflação como presidente do BC--fontes

Por Leika Kihara e Yuko Yoshikawa TÓQUIO, 25 Fev (Reuters) - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, deve provavelmente nomear um defensor da flexibilização da política monetária agressiva --o presidente do Banco Asiático de Desenvolvimento, Haruhiko Kuroda-- como o presidente do banco central para intensificar a sua luta para finalmente livrar o país da deflação. Shinzo Abe teve grande vitória na eleição de dezembro, prometendo reanimar uma economia presa na crise pela maior parte das últimas duas décadas. Ele tem repetidamente pedido por um banco central mais agressivo, disposto a tomar medidas radicais. O iene caiu com a notícia da nomeação para a mínima em 33 meses e o rendimento dos títulos de cinco anos do governo atingiu o recorde de mínima, com o mercado acreditando numa política monetária mais ousada. "Kuroda é fã de um iene mais fraco e do fim da deflação", disse o estrategista da Société Générale, em Londres, Kit Juckes. Fontes disseram que é provável que o governo nomeie Kuroda e dois vices esta semana para a aprovação parlamentar. Também está alinhado Kikuo Iwata, um acadêmico que defende a ações não ortodoxas de flexibilização da política monetária, e o diretor executivo do BC Hiroshi Nakaso, que agora supervisiona as operações internacionais do banco central, como vice-presidentes, afirmou uma fonte familiarizada com o processo. Iwata disse aos jornalistas que lhe foi oferecido o trabalho e que ele aceitou. Assim como o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, o BC japonês cortou as taxas de juros para perto de zero. Desde então, o BC adotou medidas heterodoxas para injetar dinheiro na economia, atualmente em sua quarta recessão desde 2000, para tentar estimular o crescimento. Mas Kuroda há muito tempo criticou o BC como muito lento para expandir o estímulo, e espera-se que ele faça esforços mais radicais para alcançar a meta de inflação de 2 por cento definida em janeiro.

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