domingo, 3 de fevereiro de 2013

Máquinas agrícolas mais potentes ganham espaço nas lavouras do Rio Grande do Sul

Máquinas agrícolas mais potentes ganham espaço nas lavouras do Rio Grande do Sul Redução nos juros de financiamentos e alta nos preços das commodities explicam a tendência
A busca por agilidade, conforto e tecnologia tem levado produtores do Rio Grande do Sul a apostarem em máquinas mais potentes. Modelos acima de cem cavalos ganham espaço nas lavouras gaúchas. O combustível para esse investimento é a combinação de juros mais baixos e commodities valorizadas. — Com a venda antecipada da soja nesta safra, os agricultores obtiveram renda para renovar os equipamentos. Nesta boa fase, poucos levam para o campo máquinas de 70 ou 80 cavalos, preferem as maiores — afirma o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers), Claudio Bier. A preferência é verificada pelas fabricantes. A Valtra teve crescimento de 15% no país na venda de máquinas com mais de cem cavalos de potência em 2012. Neste ano, a expectativa é crescer mais 12%. Para o coordenador comercial da marca, Jalison Cruz, o aumento da área plantada é um dos fatores que impulsionaram as vendas de máquinas de grande potência. Entre os gaúchos, tratores de 120 e 200 cavalos são os preferidos. — Começamos 2012 pensando que teríamos queda de vendas no Estado devido à seca, mas fechamos com aumento de cerca de 10% — diz Éder Pinheiro, coordenador de marketing da Massey Ferguson, que confirma crescimento nas vendas de modelos de tratores de 130 a 180 cavalos no último ano no Estado, principalmente para produtores de grãos. É caso de Joel França, 46 anos, de Passo Fundo, no norte do Estado. Em 2012, investiu cerca de R$ 500 mil em novas máquinas. A propriedade ganhou um trator com potência de 145 cavalos e um pulverizador de 175 cavalos. — Economizamos tempo, combustível e, principalmente, mão de obra, que está cada vez mais difícil de encontrar — explica. Opinião compartilhada pelo diretor comercial da John Deere, Werner Santos: máquinas potentes possibilitam aos produtores trabalhar mais hectares em menor tempo. A empresa passou a vender colheitadeiras maiores para o noroeste e norte do Estado no último ano e planeja ampliar a venda em 2013 com novas concessionárias. Dentro dessa tendência de mercado, os implementos têm o seu papel: plantadeiras e colheitadeiras maiores exigem mais força do trator, ou seja, pedem máquinas mais potentes, observa o diretor comercial da New Holland, Luiz Feijó. — Hoje, tratores acima de cem cavalos respondem por 50% das vendas — completa. ZERO HORA

Nenhum comentário:

Postar um comentário