sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Milho safrinha tende a superar os 40 milhões/t, mas exportação pode absorver mais da metade desse volume

Milho safrinha tende a superar os 40 milhões/t, mas exportação pode absorver mais da metade desse volume No quinto levantamento da safra 2012/2013, ontem divulgado, a CONAB estimou que a despeito de uma redução de 5,4% na área cultivada, a produção da safra principal de milho deve aumentar 3,6% e alcançar pouco mais de 35 milhões de toneladas. O que, diga-se de passagem, significa volume 12% menor que o recorde de 2007/08, quase 40 milhões de toneladas
Já em relação à safrinha, cuja área cultivada tende a aumentar mais de 8%, a CONAB estima novo e sucessivo recorde (aliás, pelo quarto ano consecutivo), com produção próxima de 41 milhões de toneladas, quase 5% a mais que o registrado na safra passada. Confirmando-se esse desempenho, o suprimento total ficará em torno dos 82,5 milhões de toneladas, 63% das quais serão consumidas internamente e 18% serão exportadas, o que deixará um saldo (estoque final) de quase 15,5 milhões de toneladas, volume 150% maior que o estoque inicial deste ano. Sob este aspecto, porém, a CONAB parece estar sendo modesta. Justifica que, “devido ao alto custo logístico brasileiro”, as exportações de milho de 2013 devem recuar cerca de 33%, ficando nos 15 milhões de toneladas. Não é o que mostram os embarques dos últimos 12 meses (22,3 milhões/t entre fevereiro/12 e janeiro/13), como não é o que pensa a FAO, para quem as exportações brasileiras devem atingir novo recorde e, assim, superar o volume acima. O que significa dizer que mais da metade da (prevista) safrinha já tem destino certo. E não é o mercado interno. Parece que, igualmente modesta, é a previsão de crescimento de apenas 1,5% no consumo interno. É verdade que, em função exatamente das exportações de milho e do seu encarecimento interno, a produção animal sofreu retração e tende a se expandir a níveis mais moderados no corrente exercício. Mas levando em conta que, pelos números da própria CONAB, esse consumo cresceu à razão de 4% ao ano entre 2009 e 2012, a previsão atual pode estar aquém da realidade. Em outras palavras, os problemas enfrentados internamente em 2012 pela produção animal tendem a continuar. Ainda que a nova safra volte a bater todos os recordes anteriores.

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