quinta-feira, 18 de abril de 2013

Frigorífico em Sinop assina acordo com MPF pela pecuária sustentável

Frigorífico em Sinop assina acordo com MPF pela pecuária sustentável 18/04/2013 10:45 O frigorífico Frialto/Vale Grande assinou, ontem à tarde, o termo de ajustamento de conduta proposto pelo Ministério Público Federal aos frigoríficos instalados em Mato Grosso para a regularização socioambiental da cadeia produtiva da carne. Com isto, o frigorífico sediado em Sinop assume o compromisso de comprar matéria-prima apenas de produtores rurais que não cometam desmatamento ilegal, façam a identificação das suas propriedades – por meio de inscrição nos cadastros estaduais existentes – iniciem o processo de licenciamento ambiental e não tenham ocorrência de trabalho escravo, invasão de unidades de conservação, terras indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais. “O Frialto decidiu por juntar forças com o MPF na tentativa de regularização dos produtores de gado. Sabemos que essa é também uma preocupação do mercado nacional e internacional. Acreditamos que aderir a este acordo possa abrir portas para novos clientes e mercados que exigem segurança sobre a origem dos produtos que estão adquirindo”, afirmou o presidente da empresa, Milton Luis Bellicanta. De acordo com o procurador da República Rodrigo Timoteo da Costa e Silva, a assinatura desse acordo dois dias depois de 26 ações terem sido propostas pelos MPF (21 delas em Mato Grosso) contra os frigoríficos que compraram animais de propriedades irregulares, demonstra que o MPF está aberto ao diálogo com as empresas do setor. “Reconhecemos e respeitamos as empresas que já estão buscando a regularização da cadeia produtiva da carne. Mas não podemos ser omissos e deixar de exigir a aplicação da lei naqueles casos em que identificamos irregularidade. Se a empresa já tem um histórico de preocupação com a origem da sua matéria-prima, ela atua em consonância com a proposta do MPF e assinar o acordo é uma demonstração da sua busca pela sustentabilidade do setor”. O Frialto tem uma média de dois mil abates por dia, somando a produção nas três unidades no Estado: Sinop, Matupá e Nova Canaã do Norte. O mapeamento da propriedade de origem dos animais e o destino para o abate, feito pelo Ministério Público Federal, identificou a compra de 5.553 animais de propriedades embargadas pelo Ibama e com registro de trabalho escravo (183). A partir desses dados, o MPF propôs perante a Justiça Federal uma ação contra o frigorífico por solidariedade ao desmatamento na Amazônia e à exploração de trabalho escravo. Com a assinatura do termo de ajustamento de conduta, o MPF pedirá judicialmente a homologação do acordo e a extinção da ação contra a empresa. Fonte: Assessoria com redação

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