quarta-feira, 3 de abril de 2013

Mercadorias Porto de Aveiro disputa cargas ibéricas com portos espanhóis

Mercadorias Porto de Aveiro disputa cargas ibéricas com portos espanhóis O presidente da Administração do Porto de Aveiro, José Luís Cacho, disse esta quarta-feira que o porto aveirense disputa já com os espanhóis o mercado ibérico, apesar da li 18:19 - 03 de Abril de 2013 | Por Lusa Share on printShare on emailMore Sharing Services José Luís Cacho falava à Lusa à margem das comemorações do Dia do Porto de Aveiro, assinalada por uma conferência sobre os horizontes daquele porto até 2020, numa altura em que se aproxima a revisão do seu plano estratégico. O Porto de Aveiro, de acordo com dados divulgados pela APA, registou nos primeiros dois meses do ano um aumento de 20,64% de mercadorias relativamente a igual período de 2012, atingindo as 568.001 toneladas. Segundo José Luís Cacho, apesar da crise internacional e da retracção do mercado espanhol, Aveiro prossegue a "visão ibérica dos portos" e, agora que dispõe de ligação ferroviária, disputa aos portos espanhóis as cargas do centro de Espanha, como porto marítimo mais próximo. "A partir de Aveiro já temos feito cargas para a região de Castela e Leon e para Madrid, e a ferrovia permite-nos alargar a nossa área de influência a toda aquela região que não tem mar, pelo que disputamos esse mercado como qualquer outro porto espanhol", disse à Lusa. O presidente da Administração do Porto de Aveiro, cujo ramal de ligação à Linha do Norte, em Cacia, foi preparado para receber a bitola europeia, no âmbito do projecto da linha de alta velocidade Aveiro/Salamanca, admite que o processo de ligação à Europa possa "decorrer um pouco mais lentamente" devido à crise. No entanto, espera que "arranque em 2017, de acordo com as metas traçadas pelo Governo no Plano Estratégico de Transportes" e ressalva que as atuais condições são suficientes para cobrir o mercado ibérico, com alguns melhoramentos do lado espanhol. "A rede actual permite-nos satisfazer o mercado ibérico. Utilizamos a Linha da Beira Alta que foi remodelada há pouco tempo, mas há melhorias a fazer da parte espanhola para tornar os nossos portos mais competitivos", diz. PUB Em causa está a electrificação do ramal a partir de Fontes de Onoro até Medina del Campo, "que era importante fazer para permitir utilizar as máquinas eléctricas que a CP dispõe", e depende da sensibilização das autoridades espanholas. José Luís Cacho considera ainda que tem faltado ao mercado "operadores a trabalhar num contexto ibérico" para tornar os portos portugueses mais competitivos a esse nível. O presidente da APA escusou-se a fazer qualquer comentário a um possível investimento num novo terminal de contentores em Leixões, criticado pelo presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, Ribau Esteves, que considerou ser uma duplicação de infra-estruturas, quando o Porto de Aveiro, a pouca distância em termos de navegação marítima, já dispõe de idêntico terminal. "Essa análise compete à tutela e não a mim", limitou-se a responder.

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