segunda-feira, 3 de junho de 2013

03/06/2013 09:10

03/06/2013 09:10 Brasil só armazena 5% da produção agrícola nas fazendas Em outros países como a França, Argentina e Estados Unidos, a armazenagem nas fazendas representa de 30 a 60% da safra, no Brasil, esta prática não é muito difundida, com apenas 5% . Este foi um dos temas de palestra na Bahia Farm Show Mecânica de Comunicação Durante a realização da Bahia Farm Show o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, disse que a armazenagem de grãos será uma das principais medidas a serem contempladas no próximo Plano Safra. Andrade participou do Fórum sobre Logística: Realidade e Tendências Ele destacou que o Plano Safra, que será anunciado no dia 4 de junho, estará a altura do desenvolvimento agropecuário do país, com disponibilidade de recursos mais altos e juros reduzidos aos agricultores. Segundo ele, a cada ano, o Brasil bate recorde de produção, aumenta sua área plantada e alcança altos níveis de competividade mas que o nosso produtor rural armazena só 5% do que colhe em sua propriedade. Para discutir o assunto, a BahiaFarma Show programou palestra com participação de especialistas no tema. Na palestra “Armazenagem e Conservação de Grãos”, Flávio Antonio Lazzari do GSI e pesquisador do CNPQ, demonstrou que os modernos sistemas mercadológicos, o dinamismo e os novos conceitos de globalização, exigem que os processos produtivos se tornem competitivos quanto à qualidade dos produtos e ao preço final de mercado. Lazzari mostrou que sementes, grãos, rações e alimentos de alta qualidade são exigidos pelos mercados, principalmente o externo. “Os grandes compradores e processadores brasileiros de grãos têm pressionado os setores produtivo e de armazenamento para que entreguem um produto dentro de condições físicas, sanitárias e nutricionais cada vez mais rígidas”, revelou. Segundo ele, a competitividade das empresas está diretamente relacionada com a capacidade de fornecer ao mercado aquilo que o mesmo exige em termos de qualidade. “A pressão exercida pelo consumidor é repassada às indústrias de processamento, armazenamento, ao produtor, e finalmente chega ao geneticista responsável pela produção daquele híbrido ou variedade requeridos. Existem diversas técnicas e instrumentos de amostragem, monitoramento de insetos, fungos, ácaros e de avaliação da qualidade; contudo, poucas têm sido repassadas ao armazenista para o monitoramento e manutenção da qualidade do produto armazenado”. Lazzari acrescentou que treinamentos específicos são necessários, visitas a outros países para observar a operacionalização de novas tecnologias, padrões de qualidade com fatores corretos em termos técnicos e científicos e que representam a qualidade física, sanitária e nutricional do grão e das exigências dos compradores internos e externos. Segundo ele, com o uso de um mínimo de tecnologia o produto pode ser conservado por longos períodos de tempo sem comprometer sua qualidade, assim, perdas de qualquer monta no armazenamento são consideradas altas. É urgente a aproximação das duas pontas: a técnico-científica e os armazenadores, que têm a responsabilidade de manter a qualidade e quantidade de milhões de toneladas de grãos em estoque. “ Cada vez mais é necessário conhecimentos sobre conservação de grãos uma vez que, as perdas de grande parte do que se produz, em função de deficiências em infraestrutura, como falta de unidades de secagem e armazenamento ou de suas inadequações. Umidade e temperaturas elevadas no interior das unidades armazenadoras, associadas a deficiências no manejo operacional, potencializam esses efeitos”, finalizou. A Bahia Farm Show é uma realização da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia , Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Associação dos Revendedores de Máquinas e Implementos do Oeste da Bahia (Assomiba), Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento do Oeste da Bahia (Fundação Bahia) e Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães. Reunião da Câmara setorial de grãos sugere armazenagem privada para Oeste da Bahia Realizada durante a Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães (28 de maio a 01 de junho), a primeira reunião de 2013 da Câmara Setorial de Grãos do Oeste da Bahia, com produtores, instituições financeiras, sindicatos e representantes da cadeia produtiva debateu as questões relacionadas ao "Abastecimento de milho da Bahia para a Bahia". De acordo com o secretário executivo da Câmara Setorial de Grãos, Ivanir Maia, a reunião teve o propósito de discutir os principais gargalos enfrentados pela região em termos de transporte e armazenagem. "Hoje a região dispõe de tecnologia para produzir um grande volume de milho e com alta produtividade, que supera até mesmo a média brasileira. Na safra 2012/13 a produtividade média ficou em 125 sacas de 60 quilos por hectare, mesmo com a estiagem, contra uma média nacional de 106 sacas por hectare", comenta. Maia sinalizou que a região dispõe de um potencial para dobrar a área atual de milho, de 233 mil hectares, mas que para isso é necessário debater a sustentabilidade econômica, fitossanitária, a qual a Câmara está propondo neste evento. "A ideia é estabelecer um plano de ação por parte da Câmara de Grãos, para que as propostas possam ser levadas ao Secretário de Agricultura, Eduardo Salles, para serem trabalhadas", afirma. Uma das propostas apresentadas na reunião, para complementar o anúncio feito pelo MAPA durante a feira, de construção de um silo público para armazenamento de 150 mil toneladas de grãos na região Oeste do estado, foi a possibilidade de definir uma política para a construção de unidades de armazenagem privada. "Este financiamento, com prazo de longo prazo para quitação, poderia ser pago com a entrega da produção, através de uma equivalência em sacas de milho", propôs o representante da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) na Câmara Setorial de Grãos do Governo Federal, Celestino Zanella. Outras propostas foram debatidas ao longo da reunião, como a necessidade de estruturação do suprimento de milho com originação da Bahia para a Bahia, Nordeste e exportação, a construção de armazéns públicos no Estado, questões relevantes à logística intermodal - estradas, hidrovias e ferrovias, o estabelecimento de instrumentos de proteção de preços - PGPM e Futuros, a priorização do milho da Bahia nas compras públicas ao Nordeste, a agregação de valor no Oeste – diversificando a CAP de consumo além de aves, elevando a industrialização e os incentivos fiscais, a busca de capital de giro para alavancagem do setor avícola - contribuindo para financiar a produção, o aumento do calendário de plantios na região de Paripiranga e a promoção tecnológica à pequena propriedade. Para o produtor e diretor do Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Antonio Grespan, a problemática de armazenamento é uma prioridade, pois, o estado da Bahia perde a comercialização do milho para outros estados por não ter como acomodar o produto. "Com este armazém toda a cadeia será beneficiada", pontua. Notícias de Agricultura

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