sexta-feira, 28 de junho de 2013

Acrismat participa da apresentação do Projeto Ação Integrada à OIT

Acrismat participa da apresentação do Projeto Ação Integrada à OIT Acrismat participa da apresentação do Projeto Ação Integrada à OIT 28/06/13 - 09:44 Os representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT) puderam conhecer o Projeto de Qualificação - Ação Integrada da Associação dos Criadores Suínos de Mato Grosso (Acrismat) na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato). Segundo o diretor executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues, que representou o presidente, Paulo Lucion a Associação realiza em parceria com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRT/MT) e da Procuradoria Regional do Trabalho 23 Região (MPT/PRT/MT) o projeto que qualifica na suinocultura trabalhadores retirados do trabalho escravo e/ou em situação de vulnerabilidade. “Os trabalhadores egressos participam de curso de teórico sobre o manejo de suínos, onde eles conhecem mais sobre as instalações das granjas, a importância da biosegurança, métodos de limpeza, controle de fluxo, principais doenças, nutrição dos suínos e controle de desperdício de ração, que é responsável pelo custo de 70% a 80% da produção”, disse. Além disso, após o termino do curso teórico, explicou Custódio os trabalhadores passam 10 dias em uma granja colocando em prática tudo que aprenderam. “A maioria já saí empregada, pois existe uma demanda muito grande na suinocultura, devido a grande rotatividade nas granjas", afirmou. Segundo o Coordenador Nacional do Projeto de Combate ao Trabalho Escravo da OIT no Brasil, Luiz Antonio Machado combater o trabalho escravo é árduo e um papel de toda sociedade brasileira, empresas e entidades vem demonstrando grande avanço nesse papel. “O êxito do projeto desse projeto não dependeu somente dos órgãos envolvidos, mas também dos parceiros que viabilizam a qualificação das pessoas resgatadas. E é esse sucesso que faz com que eles seja reconhecido no Brasil e no”, disse. O Procurador-Chefe do Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso, Thiago Gurjão Alves Ribeiro, salientou o fato de que os recursos utilizados no projeto são todos oriundos de multas e indenizações por danos morais coletivos obtidas a partir da atuação do MPT, não uma política pública do governo. “O projeto faz com que as multas e indenizações por violação a direitos fundamentais dos trabalhadores sejam revertidas em prol de ações de resgate da cidadania dessas pessoas retiradas da condições de escravo ou vulneráveis a tal exploração”, disse. Para o representante da OIT do Equador, Galo Ramon, a utilização das multas e indenizações para custear o projeto foi um dos destaques. “Uma experiência diferente do que já vimos e uma ideia interessante utilizar essas multas para sustentar e preparar o trabalhador É uma maneira da sociedade ser ressarcida por esse mal que lhe foi feito”, comentou. A trabalhadora egressa Cláudia Fabiana de Oliveira que está em processo de ser empregada na área do agronegócio, disse que o projeto deu a oportunidade dela aprender uma profissão e sentir confiante nela mesma. “Nunca pensei que iria gostar tanto de aprender a manejar máquinas agrícolas. Foi uma experiência única e eu recomendo”, afirmou. Participaram ainda do evento e são parceiros do Projeto de Qualificação - Ação Integrada representantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Social da Indústria (Sesi), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Grupo André Maggi. A apresentação faz parte da programação do Seminário Internacional de Boas Práticas sobre Trabalho Decente, que ocorre em Brasília desde segunda-feira. Ação Integrada - O projeto Qualificação-Ação Integrada, que também é da SRTE/MT, é desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Ministério Público do Trabalho (MPT/MT) e Centro de Pastoral para Migrantes (CPM/MT). Desde 2009, quando as atividades foram iniciadas, mais de 500 pessoas egressas do trabalho escravo ou em situação de vulnerabilidade social foram qualificadas por meio de cursos, como pedreiro, pintor, eletricista, corte e costura. O projeto tem como proposta reintegrar o trabalhador a sua vida social, proporcionando elevação educacional e qualificação profissional. Agrolink com informações de assessoria

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