segunda-feira, 10 de junho de 2013

Carentes de mão de obra qualificada, produtores esperam criação de centros para capacitação de profissionais

Carentes de mão de obra qualificada, produtores esperam criação de centros para capacitação de profissionais Anunciada por Dilma Rousseff, esta é uma das primeiras medidas da Rede de Educação Profissional e Inovação, mas ainda não tem data para iniciar10/06/2013 Andrea Parise | Brasilia (DF) Centros tecnológicos para capacitação de profissionais devem ser criados até o fim do ano pelo governo federal. Esta é uma das primeiras medidas da Rede de Educação Profissional e Inovação, anunciada pela presidente Dilma Rousseff, mas ainda sem data para iniciar. No campo, os produtores reclamam que falta mão de obra capacitada para operar máquinas e equipamentos. No pasto, um rebanho de 90 cabeças de gado leiteiro, sendo que 45 em lactação fornecem o leite para produzir cerca de 30 itens. A atividade é desenvolvida há 30 anos. Para acompanhar a evolução do setor e aumentar a produtividade, o pecuarista Claudio Roberto de Toledo gastou R$ 2 milhões em maquinários para pasteurização e estocagem. Mas o investimento ainda não foi recuperado. Segundo ele, o problema esta na dificuldade em encontrar profissionais habilitados para operar os equipamentos. – O manuseio da máquina requer muita prática, muito cuidado. São equipamentos perigosos. Com o triturador há muitos acidentes quando a pessoa é desqualificada. Acontece muito queima de motores mesmo, e as máquinas desreguladas que não produzem o necessário. É uma dificuldade muito grande para os produtores com essa falta de mão de obra – diz Toledo. O governo federal criou uma rede de educação formada por universidades públicas, escolas técnicas, Embrapa e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. O projeto anunciado pela presidente Dilma Rousseff na semana passada ainda não tem data para começar a funcionar. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que será responsável pela rede, duas ações já estão previstas para o próximo semestre. Uma delas é a criação de centros tecnológicos para capacitação de técnicos. Os locais ainda não foram definidos. – Nós precisamos capacitar os técnicos que vão a campo. Para dirigir um trator na década de 80, você tinha uma qualificação profissional, você tinha uma exigência. Hoje, para você trabalhar com tratores com GPS, com agricultura de precisão, você precisa de outra qualificação – explica Rosemeire Cristina dos Santos, superintendente técnica da CNA A outra medida já prevista para o segundo semestre é a publicação do edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para financiar pesquisas nas áreas de mecanização e automação agrícola em regiões onde ainda não há pesquisa. CANAL RURAL

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