sábado, 8 de junho de 2013

Desmatamento na Mata Atlântica tem aumento de 29% em um ano, indica ONG

Desmatamento na Mata Atlântica tem aumento de 29% em um ano, indica ONG 08/06/2013 Segundo documento da Fundação SOS Mata Atlântica e do Inpe, houve supressão de vegetação nativa de 23.548 hectares, o equivalente a 235 quilômetros quadrados O desmatamento na Mata Atlântica aumentou 29% de 2011 para 2012, de acordo com o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica divulgado, nesta semana, pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo o atlas, houve supressão de vegetação nativa de 23.548 hectares, o equivalente a 235 quilômetros quadrados. Destes 21.977 ha correspondem a desflorestamentos, 1.554 ha a eliminação de vegetação de restinga e 17 ha a vegetação de mangue. É a maior área atingida desde 2008. Foram avaliados os 17 Estados do bioma, sendo 81% de áreas sem cobertura de nuvens. O levantamento abrange, pela primeira vez, o Piauí, cujos remanescentes florestais totalizam 34% da área original protegida pela Lei da Mata Atlântica. Com a inclusão do Piauí no mapeamento da área de aplicação da lei, a área original restante de Mata Atlântica, segundo a ONG, é 8,5%. Sem o Piauí ficaria em 7,9%. Quando considerados os pequenos fragmentos de mata o bioma chega a 12,5%. Minas Gerais é, pela quarta vez, o Estado que mais desmata, sendo o responsável por metade do desmatamento no último ano. Foram perdidos em Minas Gerais 10.752 ha, o correspondente a 70% do desmate, quando comparado com o período anterior. Em segundo lugar vem a Bahia com a perda de 4.516 ha e o Piauí que, mesmo monitorado pela primeira vez, assumiu o terceiro lugar da lista, com a perda de 2.658 ha. Segundo a diretora de gestão do conhecimento e coordenadora do Atlas pela Fundação SOS Mata Atlântica, Márcia Hirota, com os números em mãos, a SOS Mata Atlântica esteve com o secretário do Meio Ambiente de Minas Gerais, no final do ano passado, para apresentar os resultados, mas como não obteve respostas, decidiu recorrer ao Ministério Público. – É um estado extremamente crítico. Vamos protocolar um ofício na semana que vem e faremos uma apresentação no Ministério Público pedindo uma moratória, para que o governo do estado não dê mais autorização para supressão de vegetação nativa, para qualquer finalidade, e para que seja feita uma revisão de todas as autorizações dadas nos últimos tempos. O coordenador-geral da Promotoria do Meio Ambiente de Minas Gerais, Carlos Eduardo Ferreira Pinto, disse que, a partir dos dados, as ações de resgate do desmatamento do Estado passaram a ser prioridade. – Estamos preocupados porque vemos no nosso Estado uma flexibilização das leis florestais – destacou. Amazônia Na quarta, dia 5, foi comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, quando a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou que o índice de desmatamento da Amazônia caiu 84% em relação a 2004, ano em que o governo lançou o primeiro programa de redução desse crime ambiental na região. Com a taxa, o Brasil se aproxima mais da meta voluntária que se comprometeu a cumprir até 2020. O objetivo é reduzir a expansão anual da área de desmatamento ilegal da Amazônia para 3,9 mil quilômetros quadrados em até sete anos. AGÊNCIA BRASIL

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