sexta-feira, 31 de julho de 2015

31/07/2015 - 15:39

Marmitas do sistema penitenciário terão 20% de alimentos da agricultura familiar; previsão é injetar R$ 20 milhões no setor Da Redação - Laíse Lucatelli
As marmitas fornecidas para o sistema prisional e socioeducativo de Mato Grosso passarão a ter pelo menos 20% de alimentos vindos da agricultura familiar. Por meio do Programa Estadual de Aquisição de Alimentos, lançado na manhã desta sexta-feira (31), o Governo do Estado pretende injetar até R$ 20 milhões anuais no setor da agricultura familiar. Somente no ano passado, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) gastou de cerca de R$ 50 milhões com alimentação para as 65 unidades prisionais do Estado. “A iniciativa visa fortalecer a comercialização e abrir novos mercados para a agricultura familiar. O governo já comprava esse alimento por licitação. Agora será obrigatório 20% ser da agricultura familiar. 20% em 2014 foi R$ 14 milhões. Esperamos chegar até a R$ 20 milhões da agricultura familiar por ano. É um mercado gigante que se abre para o homem do campo produzir e vender alimento com qualidade”, disse o secretário de Agricultura Familiar e Regularização Fundiária (Seaf), Suelme Evangelista. O secretário da Sejudh, Marcio Dorileo, destacou o lado social da iniciativa. “Mato Grosso é conhecido como um Estado de produtores de larga escala, commodities, e aqui estamos estimulando o pequeno agricultor. Falar de alimentos é falar de direitos fundamentais, cidadania e segurança alimentar. Nossa Secretaria tem um custo elevado para fornecer alimentos a 10.300 reeducandos, 150 adolescentes do sistema socioeducativo, além dos servidores plantonistas. A projeção de gasto ultrapassa R$ 40 milhões com alimentação. E os próximos contratos já terão a cláusula dos 20% da agricultura familiar”, informou. O governador Pedro Taques lembrou que Mato Grosso é o maior produtor do Brasil de diversos alimentos, porém, importa quase R$ 900 milhões anualmente em hortifrutigranjeiros. Ele vê no estímulo à agricultura familiar uma saída para reverter esse quadro. “Nós já firmamos um acordo para que 30% da merenda escolar venha da agricultura familiar, e esse novo programa reforça o mercado do pequeno agricultor”, disse.

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