quinta-feira, 30 de julho de 2015

Governo tem desafio com relação a superávit em 2015, diz Levy

30/07/2015 21h39 - Atualizado em 30/07/2015 22h17 Governo tem desafio com relação a superávit em 2015, diz Levy Fazenda divulgou hoje déficit inédito de R$ 1,59 bi no primeiro semestre. Levy participou de reunião com Dilma e governadores nesta quinta. Laís Alegretti e Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília
Horas após o governo anunciar um déficit inédito nas contas públicas no primeiro semestre de 2015, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que "evidentemente" o governo tem um desafio para cumprir o chamado superávit primário – meta de economia para pagar os juros da dívida pública – do ano. Nos seis primeiros meses deste ano, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, foi registrado um déficit primário (receitas menos despesas, sem contar os juros da dívida pública) inédito de R$ 1,59 bilhão. Em igual período do ano passado, foi registrado um superávit de R$ 17,35 bilhões. Até então, o pior resultado para o período havia ocorrido em 1998 (superávit de R$ 3,06 bilhões). Contas do governo têm déficit inédito no pior primeiro semestre da história Governo anuncia revisão da meta fiscal e novo corte de gastos Cunha diz que meta não será cumprida "Evidentemente temos desafio com relação ao primário este ano, porque as receitas caíram muito, por inúmeras razões", disse o ministro, no Palácio da Alvorada, após reunião da presidente Dilma Rousseff com governadores. "Precisamos nos preparar para, nos próximos anos, termos um superávit que permita realmente nossa divida pública cair e, à medida que a dívida pública cair, juros de longo prazo caírem", afirmou Levy. A declaração do ministro ocorreu uma semana após o governo anunciar a redução da meta anual do superávit primário – passou de R$ 66,3 bilhões (1,19% do PIB) para R$ 8,747 bilhões (0,15% do PIB). Nesta quinta, após a reunião no Palácio da Alvorada, o ministro disse que os governadores entendem que o setor público (que inclui governo central, estados e municípios) tem que ter "um mínimo de superávit primário" para garantir a estabilidade da economia. "Eles também entendem que, quando tomam dinheiro emprestado e usam para qualquer fim, isso tem impacto negativo no superávit primário", disse.

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