quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Agroindústria beneficiará 200 agricultores em Peixoto de Azevedo 30/11/2016 14:26



Após 10 anos de espera, os agricultores familiares do Assentamento Rural Cachimbo, localizado no município de Peixoto de Azevedo, no distrito União do Norte, começam a fazer teste com a despolpadeira de frutas. A máquina possui capacidade para produzir 150 quilos de polpa por dia. A agroindústria recebeu recursos na ordem de R$ 40 mil do Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Agropecuário (Prodesa), para construção do prédio e aquisição de equipamentos.
O técnico agropecuário da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Itamar de Andrade, fala que a agroindústria é administrada pela Associação de Mini e Pequenos Agricultores do Projeto de Assentamento Cachimbo (Agripac) e vai beneficiar 200 produtores rurais na produção de polpa de caju, acerola, manga, cupuaçu, açaí, goiaba, buriti, cajazinho e outros. Os produtos serão vendidos para a merenda escolar, comércio local e para a Capital.
Conforme Itamar, a Secretaria de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf) é a gestora do Programa e a Empaer é responsável pela elaboração de projetos e assistência na execução da agroindústria. Participam também as prefeituras municipais e organização de agricultores.
Na propriedade do agricultor Vagner Costa Marinho, numa área de um hectare, os técnicos da Empaer estão instalando uma Unidade Demonstrativa de Referência (UDR) com a cultura do caju consorciado com a cultura do açaí. O plantio das variedades de caju BRS 226, CCP 09 e CCP 76 e Açaí Jussara serão plantados em dezembro e, em 18 meses, terão os primeiros resultados. Itamar esclarece que a UDR será um instrumento facilitador, multiplicador e vai apresentar a melhor variedade a ser cultivada na região.
Andrade explica que a agroindústria de polpa de frutas naturais agrega valor ao produto, gera renda com o aproveitamento da safra, redução de perda por maturação avançada e os frutos são colhidos e processados de acordo com a produção. O objetivo é fortalecer a agricultura familiar, incentivar a produção da comunidade, garantir a comercialização e, acima de tudo, melhorar a vida dos agricultores com a geração de renda e o desenvolvimento da economia local.
A secretária da Agripac, Liliane Vieira da Cruz, responsável pelos testes que começaram a ser realizados no mês de setembro com a polpa do caju, relata que já produziram em torno de 200 quilos de polpa. Uma parte da produção será comercializada pela Cooperativa Agropecuária Mista de Terra Nova do Norte (Coopernova), para merenda escolar e comércio local. Ela enfatiza que para funcionar a todo vapor ainda é preciso a vistoria da Vigilância Sanitária. “Acredito que até o mês de maio de 2017, a agroindústria estará funcionando com todos os documentos e adequações necessárias, e produzindo vários tipos de polpa”, destaca.
A Agripac possui 125 associados que estão sendo incentivados a produzir frutas o ano todo. Liliane fala que o quilo da polpa poderá ser comercializado, dependendo da fruta, por até R$ 10,00. “Esse é um sonho para a maioria dos associados que esperam por 10 anos para ver a agroindústria em funcionamento, gerando renda e lucro para os associados”, enfatiza Liliane.

Fonte: Só Notícias/Agronotícias (foto: divulgação/arquivo)

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