segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Confiança da indústria volta a cair após dois meses de alta, diz FGV

29/12/2014 09h26 - Atualizado em 29/12/2014 09h26 Confiança da indústria volta a cair após dois meses de alta, diz FGV Piorou a avaliação do setor tanto das condições atuais quanto das futuras. Além de menos confiante, a indústria está mais ociosa, segundo a FGV. Do Valor Online
A confiança dos industriais brasileiros voltou a cair em dezembro, após dois meses em alta, segundo a "Sondagem da Indústria de Transformação", da Fundação Getulio Vargas (FGV). Piorou a avaliação do setor quanto às condições atuais e também quanto às perspectivas para os próximos meses. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) - síntese da sondagem - recuou 1,5% ao passar de 85,6 em novembro para 84,3 pontos em dezembro. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o recuo é de 16,4%. A queda de dezembro ante novembro é maior que a indicada pela prévia da sondagem, divulgada na semana passada e que mostrava menos 0,8%. A piora das avaliações em relação à situação atual exerceu a maior influência no recuo da confiança em dezembro: o Índice da Situação Atual (ISA) cedeu 2,2%, para 84,0 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) registrou queda de 0,9%, passando a 84,6 pontos. Produção industrial fica estagnada em outubro, mostra IBGE "Após dois meses em alta, a evolução do ICI em dezembro pode ser interpretada como um movimento de acomodação. Os sinais em relação aos próximos meses, no entanto, continuam dúbios, combinando pessimismo em relação à produção e ao emprego no curtíssimo prazo e ligeira melhora das perspectivas no horizonte de seis meses", afirmou, em nota, Tabi Thuler Santos, coordenadora da Sondagem da Indústria da FGV. O indicador que mede o grau de satisfação com o nível de demanda exerceu a maior influência na queda do ISA em dezembro. O indicador recuou 6,1% entre novembro e dezembro, ao passar de 81,5 para 76,5 pontos, revertendo boa parte da alta de 10,7% registrada no mês anterior. A proporção de empresas que avaliam o nível de demanda como forte diminuiu de 8,8% para 7,6%, enquanto a parcela de empresas que o consideram fraco aumentou, de 27,3% para 31,1%. Já o indicador de produção prevista exerceu a maior contribuição para a queda das expectativas, ao recuar 4,6% sobre o mês anterior, para 109,4 pontos, o menor nível desde julho (106,8 pontos). A proporção de empresas que preveem aumento de produção nos três meses seguintes caiu de 35,0% para 32,4%; a parcela das que esperam reduzir a produção aumentou de 20,3% para 23,0%. Além de menos confiante, a indústria está mais ociosa, segundo a FGV. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) diminuiu 1,4 ponto percentual entre novembro e dezembro, ao passar de 82,7% para 81,3%, atingindo o menor patamar desde agosto de 2009 (81,2%). A sondagem de dezembro coletou informações de 1.156 empresas entre os dias 1º e 19 deste mês. tópicos: Economia, FGV

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