segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
Produtores estão atentos à presença do fungo no algodoeiro em MS 29/12/2014 11:20
Os cotonicultores do Mato Grosso do Sul já registram nos primeiros talhões semeados com algodão a emergência das plântulas. Em função do desenvolvimento do embrião vegetal, a Associação Sul-Matogrossense dos Produtores de Algodão (Ampasul) alerta que as condições climáticas estão favoráveis para proliferação de diferentes doenças.
Um dos fungos presentes é a Rhizoctonia solani (mela), que ocorre na fase inicial da cultura, ocasionando lesões aquosas nas folhas cotiledonares e consequentemente seca dos cotilédones e morte das plântulas.
Conforme a Ampasul, uma forma de tentar amenizar os danos causados pela doença é o tratamento de sementes e aplicação de fungicidas devidamente registrados no Ministério da Agricultura (Mapa).
Na região de Chapadão do Sul, os produtores já estão aplicando fungicida para o controle da doença. Em função do mau tempo, os cotonicultores encontraram dificuldades para iniciar o plantio de algodão no estado. Até a metade de dezembro, apenas 12% da área total tinha sido semeada.
O estado deve produzir 140 mil toneladas de algodão em caroço na safra 2014/15, 12,5% a menos do que no ciclo anterior, quando foram colhidas 160 mil/t, segundo dados da Conab.
Fungo Rhizoctonia solani
O fungo Rhizoctonia solani ocorre em diversas culturas de importância econômica, como a batata, feijão, fumo, algodão, milho e soja, causando podridões radiculares no início do desenvolvimento da plântula e provocando redução no vigor e na germinação da semente. A incidência e a severidade do ataque estão associadas às condições do solo e a sequência de culturas cultivadas na área.
Controle: Recomenda-se sucessão de cultura com trigo e aveia e rotação com soja de modo a reduzir o inóculo presente na área. O plantio seguido de milho, feijão, algodão, batateira e tomateiro aumenta a população do fungo. Deve-se fazer aração profunda para diminuir o inóculo perto da superfície do solo e promover a rápida decomposição dos resíduos infestados. Sugere-se evitar semeadura profunda, pois aumenta o tempo para a emergência e prolonga a exposição de tecidos suscetíveis ao patógeno. Sempre que possível, o plantio deve ser feito em épocas quentes, para que haja rápida emergência e desenvolvimento das plantas. O tratamento das sementes é recomendado.
Fonte: Agrolink
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