segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
Expectativa do mercado para IPCA de 2015 cai, mas segue acima do teto
29/12/2014 08h29 - Atualizado em 29/12/2014 08h45
Expectativa do mercado para IPCA de 2015 cai, mas segue acima do teto
Estimativa dos analistas para inflação de 2015 recua de 6,54% para 6,53%.
Previsão para o crescimento da economia neste ano tem alta marginal.
Alexandro Martello
Do G1, em Brasília
A expectativa dos economistas do mercado financeiro para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2015 registrou pequena queda na semana passada, mas continuou acima do teto do sistema brasileiro de metas de inflação, segundo pesquisa conduzida pelo Banco Central na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
O levantamento, que dá origem ao relatório de mercado, também conhecido com Focus, foi divulgado nesta segunda-feira (29).
Para este ano, a expectativa dos economistas para a inflação ficou estável em 6,38%. Para 2015, a estimativa recuou de 6,54% para 6,53%. A meta de inflação é de 4,5%, com tolerância de dois pontos para mais ou para menos. Dessa forma, o teto é de 6,5%.
Em 12 meses até novembro, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA, considerada a inflação oficial do país, ficou em 6,56% – valor que ainda está acima do teto de 6,5%. A meta, porém, vale somente para anos fechados.
Produto Interno Bruto
Para o Produto Interno Bruto (PIB), os economistas elevaram a estimativa de uma alta deste ano de 0,13% para 0,14%. Se confirmada, será a menor expansão desde 2009, quando o PIB teve retração de 0,33%. Para 2015, a estimativa de expansão da economia ficou estável em 0,55%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento da economia.
No fim de outubro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira saiu por pouco da recessão técnica no terceiro trimestre de 2014 – quando o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,1% na comparação com o trimestre anterior. De janeiro a setembro, a economia teve expansão de 0,2% frente ao mesmo período do ano passado. Já no acumulado em quatro trimestres até setembro, a alta foi de 0,7%.
Taxa de juros
Para a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que avançou para 11,75% ao ano neste mês, a expectativa do mercado para o fechamento de 2015 permaneceu estável em 12,50% ao ano. Isso quer dizer que os analistas dos bancos esperam alta nos juros no próximo ano.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. Em 2014, 2015 e 2016, a meta central é de 4,5% e o teto é de 6,5%.
Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2014 permaneceu em R$ 2,65 por dólar. Para o término de 2015, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio avançou de R$ 2,75 para R$ 2,80 por dólar.
A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2014 passou de um déficit de US$ 1,86 bilhão para um resultado negativo de US$ 2 bilhões. Para 2015, a previsão de superávit comercial ficou subiu de US$ 4,83 bilhões para US$ 5 bilhões.
Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil permaneceu em US$ 60 bilhões. Para 2015, a estimativa dos analistas para o aporte ficou estável também em US$ 60 bilhões.
tópicos:
Banco Central do Brasil, Economia
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