segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Setor Têxtil espera que novo governo da Argentina possa destravar o comércio bilateral entre os dois países



A Argentina é o principal destino das exportações brasileiras, mas o fluxo comercial caiu pela metade nos últimos anos



Após a eleição de Maurício Macri, como novo presidente da Argentina, a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) e o Sinditextil-SP (Sindicatos das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de SP) esperam que a nova administração possa estimular o comércio bilateral entre os dois países. A Argentina é o principal destino das exportações brasileiras, mas o fluxo comercial caiu pela metade nos últimos anos.
“A Argentina é o principal mercado para as exportações têxteis e de confecção brasileiras, por isso, esperamos que a eleição de Maurício Macri, realizada no último domingo, possa retomar o desenvolvimento do comércio entre os dois países. Os têxteis do Brasil perderam espaço, principalmente para a China, devido a uma série de medidas administrativas impostas pelo ex-governo, mas acreditamos que Brasil e Argentina têm muito a contribuir para o desenvolvimento um do outro, respeitando as regras do Mercosul”, explica Rafael Cervone, presidente da Abit.
“Esperamos que o fluxo comercial entre os dois países volte à normalidade. O que vem acontecendo nos últimos anos, o excesso de burocracia imposta aos empresários exportadores brasileiros era, no mínimo, um descumprimento do tratado de livre comércio do Mercosul. Brasil e Argentina sempre foram bons parceiros comerciais e acreditamos que o presidente Maurício Macri irá acelerar a abertura comercial novamente” declara Alfredo Bonduki, presidente do Sindtitêxtil-SP.
Segundo dados das entidades, diversas categorias de mercadorias do segmento não podem ser embarcadas para o país vizinho, pois estão esperando liberação por parte das autoridades locais. Desde 2005, a participação brasileira nas compras argentinas dessas mercadorias recuou de 41% para 23%, ao passo que o crescimento chinês (de 4% para 23%) ocupou essa lacuna e igualou a posição brasileira.

Data de Publicação: 30/11/2015 às 10:00hs
Fonte: Guia Marítimo



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