quinta-feira, 27 de junho de 2019

Após fala de Guedes, BC diz que não há definição de montantes e prazos sobre compulsório



Publicado em 27/06/2019 18:34


Por José de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - Em nota de "esclarecimento", o Banco Central informou que o aprimoramento dos atuais instrumentos de assistência financeira de liquidez permitirá que se trabalhe no futuro com nível de compulsórios mais baixo, mas que a ação ainda está em curso, "sem definições de prazos ou montantes".
O esclarecimento do BC veio cerca de duas horas depois de o ministro da Economia, Paulo Guedes, dizer que haverá liberação de mais de 100 bilhões de reais em depósitos compulsórios.
"O BC não antecipa decisões ou regulações", afirmou a autoridade monetária em nota publicada em seu site.
Mais cedo, Guedes afirmou que "vem aí mais de 100 bilhões (de reais) de liberação de compulsório pela frente", lembrando que na véspera o Banco Central já havia anunciado redução de alíquotas desses recursos.
O ministro comentou sobre a ampliação do crédito privado. Na prática, o menor recolhimento de compulsório dá amparo para que os bancos possam emprestar maior parcela das suas reservas, o que poderia movimentar a economia, se houver demanda para isso.
A redução das alíquotas de recolhimento compulsório anunciada pelo BC na quarta-feira liberará ao sistema 16,1 bilhões de reais. Segundo a autarquia, a liberação desses recursos terá efeito no próximo dia 15 de julho.
"A redução estrutural dos compulsórios é uma das ações da Agenda BC#, parte do pilar de eficiência de mercado", completou o BC em comunicado nesta quinta-feira.

Governo vai liberar mais de R$100 bi em compulsório para ampliar crédito privado, diz Guedes

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SÃO PAULO (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, demonstrou otimismo sobre as negociações com o Legislativo em torno da reforma da Previdência e previu que haverá liberação de mais de 100 bilhões de reais em depósito compulsório para ampliar o crédito privado.
"Vem aí mais de 100 bilhões (de reais) de liberação de compulsório pela frente", afirmou, lembrando que na véspera o Banco Central já havia anunciado redução de alíquotas desses recursos.
Citando medidas em discussão e propostas para destravar a economia, Guedes afirmou que os avanços têm acontecido em "ótimo" ritmo e que o governo tem "despedalado" bancos públicos, melhorando a alocação de recursos e expandido o crédito privado.
"Toda a equipe está trabalhando. As coisas não acontecem por acidente", afirmou Guedes a jornalistas junto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), depois de encontro entre ambos.
Guedes citou ainda ações para baratear o preço do gás, com quebra de monopólio tanto na atividade de extração e refino quanto na de distribuição, com expectativa de redução do preço entre 30% e 40% "no final da linha". "Vamos reindustrializar o país em cima de energia barata."
O ministro da Economia admitiu que se ressentiu da retirada de Estados e municípios do parecer da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara e também da exclusão de servidores públicos do relatório.
Guedes comentou sobre eventuais dificuldades derivadas de resistências de membros de alguns partidos com relação à inclusão de Estados e municípios na reforma da Previdência.
"Essas questões locais... às vezes um partido qualquer quer a reforma, mas não quer pagar o custo político. [...] Dê um passo para frente, assuma o custo político e vamos botar o Brasil para crescer."
(Por José de Castro)
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Fonte: Reuters

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