Publicado em 28/06/2019 17:00 e atualizado em 28/06/2019 17:59
A semana se encerra com grandes quedas para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações encerram a sexta-feira (28) com desvalorização entre 17,25 e 21,00 pontos.
O vencimento julho/19 foi cotado à US$ 4,20, o setembro/19 valeu US$ 4,24 e o dezembro/19 foi negociado por US$ 4,31. Em comparação com o final da semana passada, o contrato julho registrou uma queda de 4,98% na semana desde a sexta-feira (21).
Essa queda de 4,4% foi a mais acentuada desde que o USDA divulgou dados de área de plantio em baixa para o milho em 29 de março de 2016 e o segundo declínio mais acentuado no contrato do cereal mais negociado desde 6 de julho de 2016, afirma Karl Plume da Reuters Chicago.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho despencaram na sexta-feira após o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ter atrelado a área plantada americana bem acima das expectativas do comércio, apesar das chuvas e enchentes ocorridas nesta primavera que interromperam a semeadura.
O relatório apontou que os produtores americanos semearam 37,11 milhões de hectares (91,7 milhões de acres), enquanto o mercado esperava 35,07 milhões de hectares de área plantada com o cereal. Caso confirmado, esse índice seria 3% maior do que a área de 2018.
“Essas são as intenções dos agricultores nas duas primeiras semanas de junho, então provavelmente não é o que foi realmente plantado. Certamente, esses números estarão sujeitos a mudanças, tanto para o milho quanto para a soja”, disse Brian Hoops, presidente da Midwest Marketing Solutions.
O USDA informou que vai reconsultar os agricultores em 14 estados no próximo mês para os número de hectares plantados, incluindo no milho e na soja, e divulgará números atualizados em 12 de agosto, caso os dados coletados justifiquem uma atualização.
Confira mais informações sobre o relatório de área plantada do USDA:
Ainda nesta sexta-feira, o USDA atualizou seus estoques trimestrais e apontou que os estoques de milho nos EUA são de 132,14 milhões de toneladas, abaixo das 135,44 milhões de toneladas esperadas pelo mercado.
Veja mais detalhes sobre o relatório de estoques americanos do USDA:
Mercado Interno
Já no mercado físico brasileiro, a semana acaba com as cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as únicas praças que apresentaram desvalorização foram Jataí/GO e Rio Verde/GO (3,45% e preço de R$ 28,00)
As valorizações foram percebidas em Panambi/RS (1,57% e preço de R$ 31,02), Tangará da Serra/MT (2,13% e preço de R$ 24,00) e Campo Novo do Parecis/MT (4,44% e preço de R$ 23,50).
A XP Investimentos aponta que o mercado de grãos encerra em forte baixa após a divulgação dos números de plantio norte-americanos. “O número contrariou a expectativa de boa parte do mercado e, consequentemente, derrubou as referências nos portos brasileiros”, dizem os analistas.
Com a colheita da segunda safra em pleno vapor no Brasil, expectativa de aumento de oferta nos próximos dias e queda nos portos, compradores locais reduziram drasticamente as referências internas, conclui a assessoria.
Confira como ficaram as cotações nesta sexta-feira:
>> MILHO
Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas
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