Publicado em 28/06/2019 17:41
Os futuros do café arábica encerraram a sessão desta sexta-feira (28) com alta de mais de 250 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado acompanha as informações da meteorologia no Brasil, subiu mais de 8% na semana e testou no dia a máxima do ano.
O vencimento julho/19 encerrou o dia com alta de 270 pontos, a 108,25 cents/lb, o setembro/19 anotou 109,45 cents/lb com 275 pontos de ganhos. O contrato dezembro/19 subiu 275 pontos, a 113,05 cents/lb e o março/20 teve 116,60 cents/lb e 275 pontos positivos.
O site internacional Barchart destaca que a previsão de frio e de chuva a partir da próxima semana em áreas do Brasil continuam dando suporte aos preços externos. O Brasil está em colheita neste momento e as condições meteorológicas podem atrapalhar.
"Embora ainda não haja ameaças diretas de geadas no Brasil, os operadores se mantiveram cautelosos, dadas as previsões de baixas temperaturas para os próximos dias", disse um operador externo para a agência de notícias Reuters.
Na semana, o mercado registrou alta acumulada de 8,74%, saindo de 100,65 cents/lb e 109,45 cents/lb. As preocupações climáticas foram os principais fatores de suporte aos preços externas. Nesta sexta, o setembro/19 oscilou entre máxima de 110,50, a maior do ano, e mínima de 107,58 cents/lb.
"Os preços do café subiram na sexta-feira com o arábica para setembro em altas de mais de quatro meses", segundo o site internacional. As chuvas podem atrapalhar os trabalhos de colheita, segundo envolvidos, enquanto o frio pode impactar a próxima temporada.
A Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) informou nesta terça-feira que a colheita dos seus cooperados atingiu 43,48% até o dia 21 de junho. Os trabalhos estão mais acelerados do que nos últimos anos. Em 2018, era 22,93% da produção colhida.
A expectativa é de produção de 7,6 milhões de sacas na área de atuação da Cooxupé.
De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Metoeorologia), o estado de Minas Gerais deve ter tempo fechado no final de semana e início da próxima semana, mas são estão previstas chuvas fortes. Porém, as temperaturas caem para até 5ºC no domingo (30) e segunda (1º).
"Os lotes de café arábica para setembro também tem apoio da estimativa de quarta-feira da pesquisadora Marex, que espera um déficit global de 2,7 milhões de sacas de 60 kg na temporada 2019/20", complementou o site internacional sobre o fechamento desta sexta.
Mercado interno
Mais negócios passaram a ser vistos nos últimos dias nas praças de comercialização do Brasil. Teve localidade em que o preço saltou até R$ 20 a saca. Segundo nota com base nos colaboradores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), agentes estão mais ativos e negócios foram fechados.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 478,00 e alta de 2,14%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 475,00 e avanço de 6,74%.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 445,00 e valorização de 2,30%. A maior no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 7,32% e saca a R$ 440,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 446,00 e alta de 2,29%. A maior variação no dia dentre as praças ocorreu em Lajinha (MG) com alta de 8,97% e saca a R$ 425,00.
Na quinta-feira (27), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 428,69 e alta de 1,21%.
Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas
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