sexta-feira, 28 de junho de 2019

EUA vendem 544 mil t de soja para a China; Trump e Xi se reúnem neste sábado



Publicado em 28/06/2019 12:07 e atualizado em 28/06/2019 13:26


O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou uma nova venda de soja do país para a China de 544 mil toneladas. O volume é todo da safra 2018/19. Recentemente, os chineses informaram o adiamento de embarques de soja americana para agosto inicialmente programados para julho. 
A operação com um montante considerável como este chega em um momento importante para as duas nações. Donald Trump e Xi Jinping se encontram neste sábado, durante a nova reunião do G20 iniciada hoje em Osaka, no Japão. O acordo para a guerra comercial entre os dois países é a principal pauta da conversa, uma vez que as negociações estão paralisadas desde meados de maio. 
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O conflito já dura mais de um ano e tem agredido severamente o comércio norte-americano de soja, uma vez que a China tem sido seu principal comprador nos últimos anos, segundo mostram dados do Departamento de Comércio dos EUA. Já um relatório do Conselho Exportações de Soja dos EUA mostrou que as vendas de soja norte-americanas para a nação asiática passaram de US$ 12,25 bilhões em 2017 para US$ 3,1 bilhões em 2018. 
A estimativa do Centro de Informações sobre Grãos e Óleo da China (CNGOIC) é de que o país importe 89 milhões de toneladas da oleaginosa neste ano. Desde que a disputa foi iniciada com os americanos, o governo chinês tem trabalhado para encontrar alternativas que possam suprir a soja que vinha dos Estados Unidos. 
Como primeira medida, passou a focar sua demanda quase que totalmente na América do Sul, principalmente no Brasil, que se mantém como seu maior fornecedor. Em 2018, as vendas brasileiras da oleaginosa para a nação asiática foram de mais de 66 milhões de toneladas. E os embarques nacionais, até a segunda semana deste mês, já têm um acumulado maior do que os do ano passado no mesmo período. 
Outros países produtores de soja com potencial de ampliar seu mercado na China para suprir a brecha deixada pelos EUA são a Argentina e a Rússia. De acordo com informações apuradas pelo portal chinês China Daily, as vendas russas de soja chegaram a 1 milhão de toneladas no último ano e os eforços do país têm sido intensificados para se consolidar no maior mercado consumidor do mundo. 
Apesar de sua participação ainda ser bem limitada, a Rússia conta com algumas vantagens, entre elas a logística, dada sua proximidade com a China. Os custos de fretes seriam bastante interessantes para os compradores. Além disso, a nação tem ainda condições de ampliar sua produção da oleaginosa - apesar de enfrentar algumas barreiras de clima e relevo - e sua expectativa é de já nos próximos anos levar suas exportações para a casa dos 2 milhões de toneladas. 
Mais do que buscar novos fornecedores, autoridades chinesas também têm buscado incentivar produtores chineses a optarem mais por soja em detrimento de outras culturas. Os esforçõs já tem registrado seus primeiros resultados, com um aumento de área destinada à oleaginosa e uma produção maior esperada para alcançar 16,8 milhões de toneladas, 1,6 milhão e mais do que no ano passado. 
Assim, as incertezas são muitas, porém, os benfícios para o Brasil continuam chegando. As orientações de analistas e consultores de mercado continuam sendo para que o sojicultor brasileiro busque ferramentas de proteção dos preços para que tenha protegida, principalmente, sua renda e sua competitividade. 
Com informações adicionais do China Daily. 
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Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

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