sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Soja: Chicago tem 6ª feira de estabilidade e leves ganhos na tentativa de buscar recuperação

Por volta de 8h (horário de Brasília), as cotações subiam entre 0,25 e 0,75 ponto, com o março sendo cotado a US$ 8,77 e o julho a US$ 9,05 por bushel
Após as baixas intensas do pregão anterior, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam com estabilidade na manhã desta sexta-feira (31). Por volta de 8h (horário de Brasília), as cotações subiam entre 0,25 e 0,75 ponto, com o março sendo cotado a US$ 8,77 e o julho a US$ 9,05 por bushel.
O mercado segue focado no surto de coronavírus e na gravidade do alastramento das infecções, com o cenário trazendo ainda muita aversão ao risco. No entanto, nesta sexta os traders buscam se reposicionar à espera de mais notícias e também frente ao final de semana.
"O mercado está pronto para reagir agora que já registrou alguns marcos técnicos, no entanto, no atual cenário precisa haver algum suporte de fator novo para isso ocorrer. O início de um novo mês pode ser este fator psicológico que provoca alguns ajustes de posições para cima", explica Steve Cachia, consultor da AgroCulte e da Cerealpar.
Entretanto, ainda segundo o analista, o potencial de recuperação das cotações é limitado, ainda, pelos "temores em relação aos efeitos da Coronavírus, o avanço da colheita no Brasil e nenhum sinal de compras pesadas de soja americana pela China".
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Aversão ao risco e falta de previsão sobre a volta da demanda chinesa por causa do coronavírus derrubam soja em Chicago
Produtores brasileiros devem se preocupar em entregar contratos firmados e aguardar ''poeira baixar'' para realizar novas vendas de soja
Mais de 16 pontos entre os principais vencimentos foi o que caíram os preços da soja na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (30). O mercado continua sendo severamente pressionado pelas notícias que chegam sobre o surto do coronavírus que já infectou mais de 8 mil pessoas e matou outras 170. No final da tarde desta quinta, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou o surto como emergência global de saúde pública.
Pressionado, o mercado perdeu nesta sessão importantes patamares psicológicos, fechando o março com US$ 8,76, o maio a US$ 8,90 e o julho, com US$ 9,04 por bushel na CBOT. "Depois, o mercado vai ter que voltar a subir. Desceu de elevador nesta semana, mas vai subir de escada", explica Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting.
Segundo o especialista, o mercado precisa ver a China controlar o surto do vírus para depois iniciar um movimento consistente de recuperação, principalmente esperando por mais notícias do front da demanda.
Na análise da ARC Mercosul, os especialistas alertam para a possibilidade de que "esta crise sanitária se torne um pretexto para a quebra da Fase 1 do Acordo Comercial firmado entre Estados Unidos e China. Caso aconteça, a demanda pelo grão brasileira continuará aquecida".
Mais do que isso, os analistas explicam ainda que este não é, de fato, um período de muitos fundamentos para "especuláveis". "A ARC lembra que, sazonalmente, este período já possui um volume reduzido de operações e que a falta de fundamentos especuláveis tem incentivado a apatia no mercado", dizem os executivos.
PREÇOS NO BRASIL
No Brasil, as cotações também recuaram mesmo como dólar batendo encerrando o dia na máxima história de R$ 4,26. Mais cedo, com tamanha aversão ao risco, as cotação bateu nos R$ 4,27.
Nos portos, as baixas variam entre 0,24% e 0,59% e os indicativos terminaram a quinta-feira no intervalo de R$ 83,80 a R$ 85,50 por saca.

Data de Publicação: 31/01/2020 às 10:30hs
Fonte: Notícias Agrícolas

Nenhum comentário:

Postar um comentário