domingo, 29 de junho de 2014

Grãos viram poupança e produção é vendida de forma parcelada no PR

Grãos viram poupança e produção é vendida de forma parcelada no PR Agricultores optam por guardar parte da safra espera de um preço melhor. Metade de cooperativa do estado está tomada por grãos da safra passada. 29/06/2014 09h57 DO GLOBO RURAL Os agricultores do Paraná estão adotanto um tipo de poupança de grãos. Eles têm optado por guardar parte da safra de grãos em vez de comercializar toda produção logo após a colheita. O objetivo é a busca pelo melhor preço. Hoje, na sede da Cocamar em Maringá, uma das principais cooperativas do estado, praticamente metade da capacidade, que permite armazenar 1,1 milhão de toneladas de grãos, está ocupada com grãos da safra passada. A família Frare vive há 35 anos no sítio no município de Doutor Camargo, no norte do Paraná. Descendentes de italianos, os Frare gostam de preservar as tradições. Uma das tradições é a mesa sempre farta repleta de delícias feitas pela de dona Ilca. A outra é o acordeom do agricultor Jorge Frare, o chefe da família. As mãos calejadas também produzem notas suaves para tocar as valsas que ele adora. Com os bons resultados registrados na lavoura nos últimos anos, tudo vai ficando cada vez mais moderno no campo. Máquinas novas e caminhões de alta tecnologia ajudam a melhorar o rendimento das plantações e o ganho da família. Na propriedade com cerca de 100 hectares são plantados soja no verão e milho na safrinha. Jorge Frare trabalha em parceria com filho Luiz Frare. Eles estão animados com a qualidade do milho que será colhido daqui a cerca de 20 dias. A forma de comercializar a safra na propriedade também mudou nos últimos anos. “No ano passado a gente colhia e vendia tudo. Hoje em dia, a gente vende só o necessário e deixa a sobra armazenada. Quando a gente achar que o preço está num limite que não vai haver superação, a gente vende e aplica na poupança. Mas quando sente que o mercado pode aquecer a nível mundial, a gente segura um pouco para fazer uma média melhor”, diz Jorge Frare. Como os agricultores paranaenses estão capitalizados e com poucas dívidas, transformar grãos em poupança e vender a produção de forma parcelada está virando uma tendência. A estrutura da sede da Cocamar em Maringá, uma das principais cooperativas do Paraná, permite armazenar 1,1 milhão de toneladas de grãos. Hoje, praticamente metade dessa capacidade está ocupada com grãos da safra passada. O vice-presidente da Cocamar, José Cícero Aderaldo, explica que a mudança na forma de vender a produção começou há alguns anos, quando os bancos passaram a permitir o pagamento parcelado dos financiamentos de custeio da lavoura. “Antes, o custeio vencia em uma parcela que exigia o produtor vender de uma vez. A partir do momento em que o custeio foi parcelado em cinco vezes, isso trouxe ao produtor condições de parcelar melhor a sua comercialização”, diz. José Cícero Aderaldo também explica que o parcelamento das vendas permite que o agricultor faça uma composição melhor de preços ao longo do ano e que hoje grão tem liquidez na Cocamar. “O produtor chega no balcão, comercializa a produção e sai com o cheque na mão”, completa. Esse tipo de comportamento dos agricultores na hora de vender a safra é comum nos países que têm a economia mais desenvolvida. tópicos: Economia

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