segunda-feira, 30 de junho de 2014
Panorama da suinocultura no Estado de São Paulo
Panorama da suinocultura no Estado de São Paulo
A suinocultura paulista, diferentemente da praticada no Sul do país, não tem como característica a concentração em conglomerados de processamento, nos quais a produção de animais para o abate é obtida pelo sistema de integração aos abatedouros
A suinocultura paulista, diferentemente da praticada no Sul do país, não tem como característica a concentração em conglomerados de processamento, nos quais a produção de animais para o abate é obtida pelo sistema de integração aos abatedouros, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Semelhante ao que ocorre no setor avícola, a suinocultura praticada em São Paulo é constituída, principalmente, por uma variada gama de produtores, normalmente independentes, que podem ou não estar vinculados aos abatedouros.
O número de suínos enviados para o abate por São Paulo em 2013 foi de aproximadamente 1,77 milhão de cabeças, cerca de 4,9% do total nacional, que é de 36,0 milhões de cabeças. O rebanho nacional de suínos tem como destaque, com 49,5%, os Estados do Sul. São Paulo aparece em quinto lugar, com 4,6%. “A produção brasileira está inserida em uma grande cadeia de produção mundial. Segundo previsão do USDA, espera-se uma produção global de 107,4 milhões de toneladas. Os principais países produtores são: China, com 53,8 milhões (50,1%); União Europeia, com 22,5 milhões (21%), Estados Unidos, com 10,6 milhões (9,9%), e demais países, com 18,9 milhões (19%). O Brasil com sua produção prevista para 2014 de 3,3 milhões (3,1%) participa deste ranking na quarta posição. Nas exportações, a carne suína é menos representativa que as carnes bovinas e de frango”, informa Carlos Bueno, pesquisador do IEA.
O Valor Bruto da Produção (VBP) paulista para a carne suína, calculado pelo IEA em 2013, ficou em torno de R$ 434,7 milhões. A produção está concentrada nos Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDRs) de Sorocaba, Avaré e Bragança Paulista, que representam 37% do total de suínos abatidos. Comparativamente a 2012, a suinocultura aumentou sua participação no VBP paulista. Esse aumento da participação ocorreu principalmente devido ao comportamento dos preços médios recebidos pelo produtor. A média dos valores nominais de 2013 apresentou um crescimento de 20,7% em relação a 2012, ou seja, a média do valor da arroba suína em 2012 foi de R$53,00, enquanto em 2013 foi de R$64,00.
O total de mais de 3 milhões de toneladas de carne suína brasileira produzida em 2013 garantiu o consumo brasileiro estimado de 15,6 kg/per capita/ano. Os números da suinocultura paulista indicam que ano a ano ocorre queda na produção e, para 2014, não parece ser diferente.
Contudo, a suinocultura paulista enfrenta problemas de difícil resolução, como falta de escala na produção, custos de produção elevados, concorrência com outras atividades agropecuárias de maior rentabilidade e falta de aptidão cooperativista. Soma-se a estes problemas a concorrência pelo consumidor que, quando tem restrições orçamentárias na aquisição de alimentos, escolhe a carne de frango pelo preço e, quando não tem, escolhe carne bovina pela preferência. O que resulta destes fatores é o crescente desestímulo aos suinocultores em permanecer na atividade em que a produção é insuficiente e praticamente toda consumida no próprio estado.
Para ler o artigo na íntegra e conferir as tabelas clique aqui. http://www.iea.sp.gov.br/out/verTexto.php?codTexto=13446
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Data de Publicação: 30/06/2014 às 19:00hs
Fonte: Assessora de Imprensa – IEA
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